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Estudante (não de datilografia) quer mandar sondas com sua foto para Marte

Nem todo mundo pode ser a nova loura do Tchan, então Emily Briere, da Duke University resolveu ser a Loura de Marte. Essa estudante veterana está encabeçando um projeto para construir 3 sondas e mandar cápsulas do tempo para o Planeta Vermelho. E nem é o TCC dela.

10 anos atrás

astroloura

Como nem todo mundo pode ser Referência Mundial em Sandália de Pneu, e ela não tem problemas em escolher assento no ônibus, Emily Briere acabou sonhando com Marte. Colocando mãos à obra, essa loura estudante sênior de engenharia na Duke University esboçou um projeto no mínimo ousado: quer lançar 3 microssondas com tecnologia Cubesat… para o Planeta Vermelho.

O melhor: não é nem a tecnologia “batida” de Cubesats, onde você enfia um Android sem casca num cubo de metal com bateria e painel solar e, enquanto ele sobrevive à radiação solar, por alguns dias você tem um satélite. Eles vão projetar uma sonda, nos formatos padronizados de cubesat mas usando um monte de tecnologias de ponta, incluindo propulsão iônica e Deep Space Internet.

Serão 3 microssondas colocadas em órbita pegando carona em algum vôo comercial, mas dali em diante seguirão por conta própria, indo audaciosamente aonde nenhum projeto de escola jamais esteve.

Chegando em Marte os cubesats entrarão em órbita, via aerobreaking ou mais provavelmente se espatifarão de uma vez, mas isso faz parte do projeto. Dentro deles uma cápsula especial guardará um cristal de quartzo com mensagens e fotos de pessoas do mundo inteiro. Essa tecnologia, desenvolvida pela Hitachi promete gravar a informação em micropontos e por ser imune ao calor (até 1.000 graus celsius), radiação e magnetismo, imaginam que dure pelo menos algumas centenas de milhões de anos.

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Uma das fontes de financiamento do projeto, que se chama Timecapsule To Mars, é a venda de espaço. Por enquanto uma foto de até 10 MB custa US$ 0,99. Como o foco do TC2M é essencialmente educacional, estudantes do 3º Mundo não pagam.

A Emily não está sozinha nessa. Atrás da loura (no bom sentido) temos nomes de peso patrocinando, como a Lockheed Martin, Aerojet, DSI e Boeing. Em termos de conselheiros além do Laboratório de Propulsão do MIT e uma lista enorme de nomes sérios, contam com o apoio de Buzz Aldrin. Sim, o segundo homem a andar na Lua colocou seu nome junto da iniciativa.

Por enquanto ainda estão na fase de captação de recursos e especificação de requisitos, mas com isso fechado estimam que podem chegar em Marte em 5 anos. Talvez menos.

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No MIT a propulsão iônica é testada, com o cubesat suspenso por levitação eletromagnética, ou como o Fantástico chama, MÁGICA.

A meta de captar US$ 25 milhões parece alta, mas além de ser uma pechincha pra uma missão a Marte, há projetos de crowdfunding que conseguiram mais que isso, e os patrocinadores ajudam a legitimar a iniciativa. Eu acredito que consigam levar adiante, o que tornará Emily um tipo raro e especial de estudante, aquela que sai da faculdade com emprego garantido.

Fonte: GM.

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