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Site de damas que trocam favores por dinheiro usa foto de modelo, que processa… o Google

Uma modelo argentina teve suas fotos roubadas e usadas em sites de garotas de programa. Isso, claro, deu processo, mas não de clientes indo ao PROCON. ELA processou pelo uso indevido de imagem. Justo? Marromeno, ela processou… O Google.

10 anos atrás

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O nome desse pitéu aí de cima é Maria Belén Rodríguez, uma modelo argentina bem edificante, que pode e deve ser googlada. O problema: ela é googlada, e as fotos dela aparecem onde não deveriam. Dadas suas características biofórmicas altamente edificantes, ela é usada por facínoras que comandam sites de prostituição, para atrair clientes.

É o truque mais velho do mundo, da profissão mais velha do mundo. O anúncio mostra uma beldade de nível Bruna Surfistinha, você liga, encomenda o delivery, abre a porta e dá de cara com a Bruna Surfistinha (quem entendeu, entendeu). Como mandar de volta dá trabalho, o cliente trata como a pizza que vem errado e traça do mesmo jeito.

Só que Maria Belén não gosta dessa associação. Por motivos até compreensíveis ela prefere que seus clientes não sejam esse tipo de cliente.

Diz Maria que sua vida foi arruinada pela tal associação, que tem família, filhos, etc. Por causa disso ela está processando quem utilizou sua imagem indevidamente, mostrando-a como uma prostituta, rameira, quenga, jezebel, ORDINÁRIA! (ordinária não pode mais): os sites de agenciamento de prostitutas que roubaram suas fotos Google e Yahoo, claro.

Ela vem nessa briga faz tempo, em 2006 um tribunal deu ganho de causa e determinou indenização de US$ 15 mil. Google e Yahoo apelaram, em 2010 o valor foi reduzido para US$ 6 mil. Maria apelou também e agora o caso está na Suprema Corte Argentina.

A alegação dos sites de busca é que eles apenas indexam, não fazem nenhum juízo de valor do conteúdo. Se alguém está usando erradamente as imagens são os sites de agenciamento de garotas de programa.

É verdade. É inviável analisar cada site, cada imagem indexada, individualmente e determinar se a modelo em questão é modelo profissional um uma profissional modelo. Num mundo ideal todo mundo teria controle absoluto sobre sua imagem, mas não funciona assim, e executar o mensageiro é a pior forma de resolver isso.

O precedente aberto por esse caso pode ser muito perigoso, se o Google for criminalmente responsabilizado por tudo que indexar e não for do agrado do indexado, nem seus bilhões em caixa serão suficientes para pagar tanta indenização, e terminaremos com formulários de autorização em 3 vias, autenticados em cartório isentando o Google de responsabilidade, em cada link indexado.

Fonte: Time.

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