Ronaldo Gogoni 9 anos atrás
Prince, O Artista Antes Conhecido por um símbolo indecifrável é um músico excepcional tanto quanto é um chato de galocha. Assim como Elton John, que chegou a declarar que a internet deveria ser fechada por cinco anos para salvar a indústria fonográfica (leia-se evitar que ele continuasse perdendo dinheiro), ele não gosta de ver outras pessoas compartilhando material referente a suas produções, não importando a natureza deles.
No passado Prince chegou a processar sites de fã-clubes por compartilharem letras, cifras e imagens dele sem autorização, muitos desses materiais feitos pelos próprios fãs, como fotos pessoais tiradas em shows - algo que ele baniu e que não é exclusividade dele, diga-se de passagem. Algo muito semelhante aconteceu com a Paramount no passado, que chegou a enviar cartas de Cease and Desist a diversas pessoas que mantinham sites sobre Star Trek.
Recentemente ele atacou de novo. No dia 16 Prince abriu um processo contra vinte e dois indivíduos (que você pode ler aqui) exigindo uma indenização de US$ 1 milhão de cada um. A infração em questão diz respeito a sites que compartilham bootlegs (gravações de shows por fãs) através de links. O mais curioso é que ao ler o processo, enquanto alguns dos acusados são sites especializados em compartilhar conteúdos de outrem (como PSPMusicBlog e World of Bootleg), alguns são claramente sites de fãs, como "Funky Experience Four", "PurpleKissTwo" e "PurpleHouse2". Apenas dois acusados foram identificados, os demais são referidos por nicks ou nomes de sites.
Obviamente que a reação foi a esperada. Por perceber o tamanho do backlash que sofreu ao mais uma vez bater na cabeça de seus fãs Prince voltou atrás e retirou o processo por completo, mas não sem antes o advogado d'O Artista chato reclamar dos "pirateiros":
Nós reconhecemos o desejo dos fãs por conseguir acesso a quanto material seja possível, porém preferimos que eles o façam de forma oficial ao invés de apelarem para terceiros, que são ladrões e não verdadeiros fãs de nosso trabalho.
E claro, obviamente Prince aproveitou a lançou material novo no meio dessa confusão toda como forma de se promover e voltar a ser comentado, que considerando a presepada dele resolvi não linkar.
Acabamos voltando a repetir a velha frase que Gabe Newell não cansa de repetir: a pirataria se combate com serviços de qualidade e não com processos. Talvez se Prince ao menos dispusesse seu material de forma mais simples ele não precisaria passar por isso, e exigir uma milhão de fãs que só querem ouvir suas músicas não é o mais inteligente a se fazer.
Fonte: AT.