Ronaldo Gogoni 9 anos atrás
Particularmente eu não tenho uma opinião 100% acerca do Bitcoin. Embora eu tenha minhas dúvidas acerca do método em torno da mineração da moeda, é compreensível que a valorização bombástica que ela vem sofrendo nos últimos tempos tem chamado a atenção de instituições financeiras tais como o Bank of America, que vê nele um dos principais meios de pagamento para compras online.
Na contramão desse pessoal está a China. No início do mês os reguladores do país já haviam proibido as instituições financeiras de processarem negócios com bitcoins, sob o pretexto de que a criptomoeda pode ser utilizada para especulação monetária e atividades ilegais... como qualquer outra moeda corrente.
A novidade que chegou hoje da terra do Mao desferiu um golpe violento nos entusiastas como o Marco Gomes: o banco central baniu companhias de processarem negociações com a moeda virtual. As empresas tem até o Ano Novo para deixar de aceitar bitcoins.
A reação foi instantânea. A moeda que recentemente passou da marca dos mil dólares já vinha oscilando para baixo desde os primeiros problemas com o governo chinês. Hoje ela entrou em queda livre, indo de US$ 880 a US$ 435. Neste momento ela é cotada a US$ 600 (clique para ampliar):
Diferente de uma moeda normal, o bitcoin ainda inspira pouca confiança e não tem nenhuma regulamentação, entretanto os altos valores negociados obviamente atraem gente séria, o que pode ajudar a longo prazo legitimá-la. Em todo caso quem está interessado em investir em bitcoins (minerar não, é maluquice) é sempre bom ficar com os dois pés atrás.
Fonte: Mashable.