Ronaldo Gogoni 11 anos atrás
A Samsung já havia declarado oficialmente que a produção em massa das memórias RAM DDR4, entretanto como é de praxe o foco da produção é apenas para servidores e data centers, máquinas de alta performance que serão beneficiadas com o ganho de até 25% na frequência (comparando com a capacidade limite do DDR3, 2.133 MHz quando fabricado no processo de 20 nm), já que elas alcançam o limite de 2.667 MHz consumindo 30% menos energia do que a DDR3. Em situações normais ela alcança o dobro da frequência, são 1.033 contra 2.166 MHz.
Entretanto a Crucial, uma empresa especializada em memórias resolveu chutar o pau da barraca e anunciar que as primeiras memórias RAM DDR4 estarão disponíveis para o consumidor final já em dezembro. Não há informação de preços ainda, mas é bem provável que não serão dois tostões.
O único problema é que memórias novas demandam não apenas placas, mas processadores novos. O que ninguém se atentou ainda é que 2014 é o ano do "tick" da Intel, não do "tock": os processadores Broadwell serão voltados para uma arquitetura otimizada, enquanto que a troca por uma nova microarquitetura será realizada apenas em 2015 com os chips da família Skylake. A única possibilidade de utilizar o DDR4 em 2014 será adquirir os futuros processadores Haswell-E, os primeiros que darão suporte ao novo formato de memória. Problem is, esses chips serão de alta performance (destinados a substituírem a família Sandy Bridge-E) e custarão os olhos da cara, um rim e o baço. A linha Xeon atual pertence à Sandy Bridge-E, para se ter uma ideia.
Portanto é melhor ter cautela. Ainda que o DDR4 represente um ganho, ninguém que não tenha dinheiro sobrando vai poder aproveitá-lo no próximo ano. Ainda que alguém teria de ser o primeiro, a Crucial meio que queimou etapas e nem creio que os módulos serão tão baratos neste momento, pois toda nova tecnologia tende a ser cara e no caso do DDR4 é ainda pior, pois nem poderá ser usufruída de imediato.
Fonte: Crucial.