Carlos Cardoso 9 anos atrás
No tempo de Ahmadinejad o Irã era mais divertido, mas de uns tempos pra cá entrou em uma fase paz e amor, deixando para a Melhor Coréia todo o trabalho de provar que é a nação mais poderosa do mundo photoshopando seu caminho rumo à glória militar. Nos bons tempos os dois competiam pau-a-pau para ver quem era mais cara de pau.
Agora parece que nossos amigos persas voltaram ao nobre ofício de pagar micos em nível de Estado. No caso, superaram até o anúncio de um drone stealth, em maio, que a menos que as Leis da Física de Alá sejam diferentes, é menos stealth do que minha cabeça.
Nota: não foi uma piada, no caça stealth F117 a cabeça do piloto produzia uma assinatura de radar centenas de vezes maior do que o avião inteiro.
Como superaram? Anunciando um novo drone, o Ra'ad 85, que é uma espécie de bomba voadora. Em essência é a mesma coisa que os alemães testaram na 2ª Guerra Mundial com a HS293D, que utilizada controle remoto e transmitia imagens de TV.
Isso mesmo. Anos 40 os caras enfiaram uma câmera, transmissor de TV e receptor em uma bomba. Numa época em que rádios e radares ainda eram feitos com barro fofo e pedra lascada.
A bomba iraniana, admito, é um tiquinho mais sofisticada. É um drone, controlado remotamente que segue a tradição islâmica de jogar coisas voadoras que explodem em alvos americanos, embora os hipsters japoneses digam que já faziam isso antes de ser moda.
A graça é que no vídeo de demonstração o tal drone-bomba mortal é mostrado todo remendado com fita adesiva, parece algo que o McGyver construiu em 10 minutos.
Pensando bem talvez seja uma estratégia, afinal o importante é matar o inimigo, se for de rir, que seja.
Fonte: PS.