Carlos Cardoso 9 anos atrás
Nada estimula mais a capacidade inventiva humana do que uma boa guerra, e quanto mais desproporcional mais o lado fraco vai inventar. Por isso temos rebeldes sírios usando iPads para mirar morteiros, Líbios construindo blindados e até voando drones.
Na Síria há rebeldes construindo espoletas de proximidade, morteiros e outros equipamentos, além de armas automatizadas e sistemas de monitoramento, em uma tentativa desesperada de vencer as tropas de Assad, ditador sanguinário da região que comprovadamente matou centenas de homens, mulheres e crianças em ataques químicos, mas antes de ser sumariamente obliterado por um Reaper, se comprometeu a abandonar o programa de armas químicas.
Agora Assad está livre para voltar a matar seu povo da forma aprovada pelo Ocidente, com armas convencionais. E está fazendo isso com uma eficiência germânica. (too soon?)
Snipers de Assad estão favorecendo um novo tipo de alvo: mulheres grávidas. Apostam entre si, e se acertam em cheio, ganham cigarros dos amigos psicopatas.
Parte do modus operandi é esperar que alguém vá ajudar a vítima do disparo, aí você acerta esse também. Com sorte eliminou um médico ou enfermeiro dos rebeldes, dificultando a vida deles.
Um grupo entre os rebeldes não está satisfeito com esse cenário, e são engenheiros e mecânicos. Colocando sua expertise para bom uso, estão projetando um robô peso-pesado para, indiferente ao fogo inimigo, aplicar a 1ª Lei da Robótica e proteger um humano.
O robô se chama Robotena, e sim, o projeto tem site na Internet, estamos no futuro. Financiado via crowdfunding, já gastaram US$ 15 mil. Precisam de mais uns US$ 7 mil. Duvido que não consigam, e já que a guerra por lá não acabará tão cedo, em breve teremos robôs resgatando humanos de nós mesmos.