Marcellus Pereira 14 anos atrás
É piada corrente em qualquer corredor de faculdade ou empresa de tecnologia: mulher trabalhando neste meio é algo raro. Raríssimo, diriam alguns.
Obviamente, junto com com essa percepção vêm as piadinhas machistas (que, aliás, este colunista detesta e condena), como aquela que pergunta "Como você sabe que uma mulher usou o Word? Quando há corretivo no monitor..." ou então a réplica "E como você sabe que uma loira usou logo depois? Quando está escrito a caneta, sobre o corretivo...".
Esse tipo de coisa está com os dias contados. Todo mundo sabe que o número de mulheres vem aumentando consistentemente em todas as profissões (e também aqui nos comentários). Para provar, a CNN divulgou a lista da Fortune, com as cinquenta mulheres mais poderosas da indústria americana.
Naquelas que atuam em TI, a melhor colocada é Anne Mulcahy, CEO da Xerox (que está em quarto lugar geral). Queridinha dos analistas, é apontada como a principal responsável por levar a Xerox ao terceiro lugar da Fortune 500!
Ursula Burns, também da Xerox, é presidente e sucessora de Anne. Aparece na lista em décimo lugar.
Logo em seguida, Ann Livermore, gerente do Grupo de Soluções Tecnológicas da HP. Nada menos que 36% da receita da empresa (pouco mais de 37 bilhões de dólares) saíram do seu departamento.
Em décimo quarto lugar aparece Ginni Rometty, vice-presidente de serviços globais da... IBM! Há mulheres trabalhando na IBM! E em posição de chefia! Não é preciso mais nada para provar o ponto: estamos condenados a ser dirigidos por elas. E isso não parece ser ruim.