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Bioshock

16 anos atrás

"... esse lugar cheira a morte, não, não exatamente a morte, algo pior ... como se minha alma estivesse sendo sugada por alguém. Eu nunca pensei que mataria alguém, mas não tive escolha com aquele lunáticos correndo a minha direção com aqueles canos em mãos. Se eu não os tivesse matado com certeza estaria jantando com anjos nesse momento, o que não seria tão ruin assim ... ou estaria sendo devorado por demônios no inferno ... na dúvida é melhor ficar vivo.

Atlas ... devo agradecer à ele por me orientar nesse lugar maluco, espero que possamos chegar logo ao submarino onde estão a sua esposa e filha. E esses Plasmids. Estranho como uma simples injeção conseguiu me dar poderes "mágicos" ... Eletricidade ... Fogo ... e agora Atlas me diz para procurar por Telecinese. Se esse tipo de poder tivesse caido nas
mãos dos nazistas ... o quê ? Aqueles passos ? Sim, eu ouço aqueles passos pesados, lentos, aquele gemido grave ... um deles está por aqui ...

Lá está, e tem uma das pequeninas com ele ... aquele olhos me dão arrepios, mas não mais do que a lâmina que o Golem tem no lugar de uma das mãos ... Sem deuses, sem reis, apenas ... homens ? Apenas monstros ..."

Eu adoro a palavra Steampunk. Essa palavra faz passar várias imagens na minha cabeça de coisas ótimas para colocar em todos os tipos de games, desde de RPG's de mesa até FPS's de computador. E um jogo que utilizou muito bem o gênero que essa palavra representa foi Bioshock.

Você está na pele de um homem que sobrevive à um acidente de avião no meio do oceano e nada até uma pequena ilha artificial para procurar ajuda. Chegando tudo que você encontra é a cidade decadente de Rapture, consumida pela falta de ética de seu governante Andrew Ryan, disputas entre classes sociais e efeitos colaterais de experiências genéticas.
Todos os cidadãos de Rapture estão loucos, o que eu mais me lembro é do cirurgião plástico que diz "Picasso se cansou de sempre pintar os mesmos rostos perfeitos por tanto tempo e por isso mudou seu estilo... eu vou fazer o mesmo".

A decadência de Rapture se iniciou com a descoberta de uma lesma que curava doenças quando picava alguém. Logo se descobriu que outras propriedades para o "veneno" da tal lesma, ela poderia alterar o código genético das pessoas. Mas só a substancia da lesma em si era fraca demais para fazer o que os cientistas de Rapture tanto queriam, era necessário um hospedeiro para aumentar o poder desse "veneno". Como hospedeiros foram escolhidas garotas na faixa dos 8 anos chamadas de "Little Sisters".

Essas meninas eram arrancadas de seus pais e passavam a viver em "orfanatos" com o único intuito de produzir ADAM, como agora era chamado o "veneno" da tal lesma. Claro que para as Little Sister isso não foi nada bom, elas ficaram com uma aparência monstruosa e uma personalidade mais monstruosa ainda.

Para proteger as Little Sisters foram criados Golems poderosíssimos chamados de Big Daddies. Eles parecem se lentos e desajeitados, principalmente por causa da pesada armadura de que usam, mas em combates são exetramente rápidos e podem esmagar o crânio de uma pessoa com as mãos ... um inimigo formidável. 🙂

Enfim, agora com produção em massa de ADAM, qualquer cidadão de Rapture poderia alterar seu código genético de diferentes maneiras com injeções chamadas de Plasmids. Claro que isso provocou o mesmo efeito colateral que
aconteceu com as Little Sisters, eu me pergunto como eles foram tão burros para não prever isso. 😀 Some isso com falta de moral e ética e disputas políticas e pronto, temos Rapture, a sociedade perfeita ! E é Desse lugar que você tem que escapar.

Confesso que no inicio eu me decepcionei um pouco com o jogo. A razão disso foi a movimentação pouco natural dos personagens, pouca diversidade de inimigos no inicio game e modo como a história é "empurrada" para o jogador também no inicio.

Mas depois de algum tempo de jogo eu me impressionei com algumas coisas. Você pode usar Hacking em vários objetos no jogo. Abrir cofres e colocar câmeras de segurança e security turrets trabalhando para você é a maior utilidade de hacking.

Plasmids. Sempre pensei em como "usar magia" em um FPS, e o sistema de plasmids de bioshock respondeu minhas dúvidas. Existem diversos plasmids, desde "magias elementais classicas" até coisas menos óbvias como Security Bullseye.  Além de Plasmids existem também tonics que lhe dão várias vantagens como tempo maior de hacking e defesa melhorada.

A inteligência artificial do inimigos e muito boa. Quando ele estão para morrer eles fogem e procuram uma estação médica para se curar, quando estão pegando fogo eles procuram uma poça d'água. O uso do ambiente no jogo também me impressionou muito. Espere o inimigo entrar em uma poça de água e use electro bolt nele, ou espere ele
chegarem perto de óleo e use incinerate. Não vai sobrar nem as idéias.

Meu combo preferido é fazer eles tostarem com incinerate e quando eles se jogarem na água eu uso electro bolt. ^^
Graficamente falando o jogo é perfeito, não tive oportunidade de testar com DirectX 10 mas mesmo com o 9c deu pra sentir cada cuidado que se teve com texturas e efeitos de luz e sombra. Mas apesar dos gráficos serem incríveis, o som do jogo me chamou muito mais atenção. Não é raro você ouvir algum Splicer (Como são chamados os habitantes de Rapture) se lamentando da vida, pedindo perdão "ao Pai", gritando uns com os outros ou até mesmo conversando sobre coisas banais. Além disso também se ouve várias músicas da época tocando em vitrolas. Tudo isso ajuda a deixar o clima do jogo ainda mais sinistro.

Agora como nem tudo são flores ... não tem multiplayer. Isso foi decisão mesmo da 2K games, eles disseram que Bioshock é para ser uma experiência de terror Isolada, por isso mesmo todo contato que você tem com outros personagens no jogo é feito apenas pelo rádio. Há sim, o personagem principal de Bioshock, além de mudo, não tem nome até onde eu saiba. Isso deve ser pra dar mais imersão, mas saber que eu jogo com o Gordon Freeman nunca diminuiu a imersão que eu sinto em Half-Life.

Bioshock
(Nota Máxima: 5)
Gráficos: 4.5
Som: 4.5
Jogabilidade: 4
História: 5
Diversão: 4.5
Geral: 4.5
Complexidade: 4.5

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