Marcelo Colonia 15 anos atrás
Depois do pontapé inicial dado pelo Rodrigo, tomei a liberdade de escrever o segundo artigo baseado em comentários dos leitores, dessa vez sobre resposta do nosso digníssimo Editor Dori ao post MMORPGs Gratuitos:
Cara, eu tô com o box do jogo (World of Warcraft) aqui a mais de 2 meses e não tenho coragem de instalar. Não devia ter comprado este jogo.
Não sei porquê, mas isso me lembrou uma frase creditada a Nietzsche, na qual ele diz: quando se olha muito tempo para o abismo, o abismo olha para você.
Baixei e instalei o jogo diretamente do site da Blizzard nesse fim-de-semana. Criei uma inocente conta trial, que me dá 10 dias gratuitos para experimentar essa beleza que vem fazendo a cabeça de milhares de jogadores ao redor do mundo. "É só um pouquinho, pra ver como é, quando quiser eu paro", prometi para mim mesmo.
Ledo engano.
O tempo voa quando se está em Azeroth, qualquer jogador poderá garantir isso. Você cria seu personagem, começa a se aventurar, combater monstros, enfrenta outros jogadores em duelos, encontra uns equipamentos que te deixam mais forte, em seguida pesquisa as melhores builds pra tentar ser o melhor... e nisso já são três horas da manhã, sendo que é preciso acordar cedo no outro dia pra trabalhar. "Ok, deixa entregar mais essa quest e juro que vou dormir!"
Existe um episódio já bem famoso de South Park chamado Make Love Not Warcraft, que satiriza essa situação. Nele Cartman e sua turma precisam enfrentar um jogador megaoverpower, e para isso passam semanas enclausurados treinando seus personagens, sem levantar sequer para se alimentar ou ir ao banheiro (aliás, a parte em que a mãe do Cartman traz o penico até o quarto é a melhor). Parece brincadeira, mas casos assim não são raros.
Longe de mim tentar fazer um estudo sobre o assunto, mas essa questão me intriga. Até que ponto é possível ser bom sem abdicar da vida? Como saber o que é diversão saudável e o que é vício?
De minha parte, já determinei meu limite diário: 1 hora na academia, e só depois 1 hora no Warcraft.
Prometo.