Meio Bit » Arquivo » Indústria » Microsoft Office suportará ODF. Xeque-Mate.

Microsoft Office suportará ODF. Xeque-Mate.

16 anos atrás

Quando a Microsoft decidiu se comprometer com interoperabilidade e padrões abertos não o fez para ser boazinha, não passou pela cabeça de ninguém em Redmond "vamos ajudar as outras empresas, assim todos poderemos comprar pôneis, lindos pôneis".

Interoperabilidade e padrões abertos são uma exigência de Mercado. E se tem algo que a Microsoft faça bem é atender as exigências de seus clientes. mesmo que sejam difíceis de engolir. Foi assim com o Bluetooth, foi assim com a Internet, e está sendo assim com o Office.

Aliás, curioso. Notem que os Defensores da Liberdade já tinham o ODF aprovado como um padrão ISO, mas mesmo assim fizeram lobby para tentar impedir a aprovação do OpenXML. Liberdade só vale se for o "meu" padrão, é isso?

Ao contrário dos freetards, entretanto, a Microsoft não pode (mais) se dar ao luxo de fingir que a concorrência não existe. O Mercado exige interoperabilidade, então a missão é fazer com que os softwares da empresa sejam excelentes no quesito.

Por isso divulgaram que no começo do ano que vem um Service Pack do Microsoft Office trará compatibilidade com ODF 1.1, PDF 1.5, PDF/A e XPS.

Mais ainda: A empresa se juntará ao comitê técnico da Organization for the Advancement of Structured Information Standards (OASIS), trabalhando na próxima versão do ODF.

Com isso a posição do Office como líder do mercado de suítes integradas está garantida. Não é compatível com UM, mas com os DOIS padrões internacionais de formatação de documentos. O grande argumento de venda do OpenOffice foi por terra.

O mais divertido, e o pragmatismo que vai deixar muita gente arrancando os cabelos é que como o OpenXML sofreu inúmeras modificações durante sua fase de aprovação, o Office ainda não é 100% compatível com ele, então o Service Pack habilitando suporte ODF chegará primeiro, o suporte completo a OpenXML, só bem depois.  Microsoft Office trabalhando com ODF mas não com OpenXML. Não era isso que todo mundo queria?

Fonte: Ars Technica

relacionados


Comentários