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Uma nova impressora depois de 8 anos: HP LaserJet 1018

16 anos atrás

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Minha última impressora foi há muito tempo, em 2000. Ela não parou de funcionar, eu simplesmente passei a usar tudo de forma digital. Imprimir documetos online em PDF e guardar em duas contas de e-mail. Imprimir o estritamente necessário passou a ser palavra de ordem, já que a indústria de impressoras transformou tinta no líquido mais caro do mundo. Eu mudei meus hábitos porque manter a impressora passara a ser o componente mais caro e dispendioso da  estação de trabalho, uma palhaçada da indústria.

O Cardoso fez as contas do quanto o consumidor estava perdendo: aproximadamente R$ 6000,00 por litro. Um cartucho colorido e outro preto estava mais caro que uma impressora jato de tinta nova. Os preços caíram, mas o preço por litro continua o mesmo: a indústria reduziu a capacidade dos cartuchos para míseros 15-20 ml.

Hoje em dia, ainda dependemos demais de papel. Ainda não há uma forma universal de carregar documentos digitais como comprovantes de pagamento via internet. Ou imprimir um texto de um artigo interessante para ler numa viagem já que os equipamentos de e-paper ainda são caríssimos. Usar o notebook para ler textos não é prático também. Cheguei a conclusão que um toner preto, com capacidade para imprimir 2000 páginas, apesar de custar em torno de R$ 170,00 é MUITO mais barato que fazer o mesmo com uma jato de tinta.

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Antes de comprar uma impressora, é necessário definir o uso mais corriqueiro dela:
- Impressora a laser.
- Monocromática: Impressões de comprovantes, textos simples e artigos, sem necessidade de cores;
- Marca conhecida e com ampla presença no Brasil e assistência técnica;
- Facilidade para encontrar suprimento.
- Dimensões. As impressoras a laser tendem a ser enormes. Precisava de algo para ser usado no quarto.
- Preço: como o uso é caseiro e casual, quanto mais barato, melhor. Isso inclui o preço do toner também.

 

Encontrei um modelo da HP e outro da Samsung. Esse último, estava mais barato, só que ao perguntar nas lojas pelo suprimento para ela, ninguém tinha. A Samsung comeu mosca: de que adianta ter a impressora monocromática com o melhor custo/benefício do mercado se o consumidor não encontra toner? Então a escolhida foi a HP 1018.

A impressora tem atendido bem ao propósito. Custou R$ 360,00, já com o cabo USB incluído. Os modelos americanos, é preciso comprar separado. Possui drivers para Windows XP, Windows Vista 32 e 64 e Linux. Entretanto, o pacote completo de softwares é compatível apenas com Windows XP 32 bits.

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Uma reclamação importante: há um bug nos drivers para Windows que ocorre de vez em quando. Uma linha vertical pontilhada aparece do nada e estragaria a impressão se fosse um documento para ser apresentado. O problema é conhecido pelo suporte da HP e não há correção até o momento. A gambiarra sugerida é imprimir em Fast 1200 ao invés de 600 dpi. Esse erro já foi corrigido nos drivers open-source para Linux que estão bem mais maduros que os para Windows. E é nesse momento que vemos o grande valor de código-fonte aberto.

A qualidade da impressão é razoável, mas não espere letras com aquele aspecto encerado gerado pelos modelos mais caros de boas marcas como a Okidata. Ela é rápida e muito simples de usar e instalar. No Windows XP, Vista e Ubuntu foi reconhecida imediatamente e por causa do bug acima, até que a HP mova o traseiro gordo dela e resolva o problema do drivers, imprimir em 600 dpi apenas pelo Ubuntu.

Recomendo essa impressora para uso casual em casa ou no escritório, para impressões corriqueiras de texto e documentos monocromáticos e gráficos muito simples. Ela é pequena, silenciosa e compacta, ideal para uso em um quarto ou dividir o espaço de mesa com o notebook ou PC. Por causa do preço, pode ser uma boa opção para a sua primeira impressora a laser. Os contras é que mesmo os gráficos ligeiramente mais complexos ficam horríveis nela. Fontes muito pequenas também não ficam tão bem. O preço do toner é o de mercado, mas poderia ser um pouco mais barato para uma impressora de entrada.

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