Dori Prata 9 anos e meio atrás
Não sei se ao pensar assim estou sendo inocente ou se este é apenas o meu lado gamer falando mais alto, mas o fato é que sonho com o dia em que os jogos eletrônicos serão apontados como um dos grandes responsáveis pela descoberta da cura de alguma doença. Hoje existem diversos projetos que caminham nesta direção, como o GeneGame ou o Foldit e outra investida nessa área é o EyeWire.
Desenvolvido pela equipe comandado por Sebastian Seung, professor de neurociência no MIT, descrever o jogo é uma tarefa um pouco complicada, mas saiba que basicamente ele funciona fazendo com que o jogador reconstrua as conexões neurais da retina de um ser humano.
Com a tela dividida em duas partes, em uma temos uma visão em três dimensões do cérebro, enquanto que na outra nos é apresentada uma imagem 2D. Após passarmos por um tutorial aprendemos que nossa missão será preencher os pedaços desse quebra-cabeça, algo que a princípio é um tanto complicado, mas rapidamente nos acostumamos a identificar os padrões.
Segundo Seung, ter seres humanos realizando essa tarefa torna o processo muito mais rápido do que se fossem utilizadas máquinas e o simples fato de estarmos jogando ainda ajuda os pesquisadores a aperfeiçoarem a inteligência artificial que poderá ser utilizada na pesquisa. Só para ter uma ideia, no laboratório eles levam cerca de 50 horas para reconstruir um neurônio e como nosso cérebro tem cerca de 85 bilhões deles…
Lançado em dezembro do ano passado, hoje o EyeWire conta com mais de 70 mil jogadores e se a ideia por trás de um jogo assim lhe parece sem graça, recomendo dar uma chance a ele pois sua mecânica parece se valer do princípio de que o cérebro humano tende a não aceitar um problema sem solução sendo deixado de lado e por diversas vezes me dei conta de que tinha outras coisas para fazer, mas que antes eu precisava encarar só mais um cubo.
[via Wired Design]