j. noronha 11 anos atrás
O nome, por si só, já é estranho, entender o que é a Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), então, é tarefa ingrata e inglória.
O conceito de Internet das Coisas é conectar cada objeto existente, de um avião a uma agulha, à internet. Além disso, conectar esses dados mundo afora em tempo real.
Isso significaria linhas de produção mais eficientes nas indústrias, já que seria possível saber a qualquer momento qual item irá acabar, qual irá sobrar e onde encontrar fornecedores, além dos números disponíveis em estoque, preços e tudo mais que você puder imaginar, tudo à distância de um clique, com dados atualizados.
Hoje em dia, catalogar produtos na rede é trabalho manual, com a Internet das Coisas, os objetos sairiam das fábricas já conectados e descritos nos mínimos detalhes.
Esse mercado promete lucros altos, estima-se que apenas em 2013 as empresas que saíram na frente faturem US$ 613 bilhões de dólares, com potencial de trilhões de dólares daqui a 10 anos.
O maior problema da Internet das Coisas é que não é um produto, cada caso é um caso, cada indústria precisa desenvolver suas aplicações de acordo com produtos, sistemas e procedimentos de entrega, estoque e até mesmo pessoal apto a por tudo em prática.
Mas um dos maiores, senão o maior, obstáculos, é a quantidade de dados gerada. Um sistema simples de monitoramento de 100 sensores gera a bagatela de 4 PB de dados em um ano.
Para você ter uma ideia, 1 PB (petabyte) equivale a 1 milhão de GB, ou um filme em HD com duração de 13,3 anos.
Outro grande problema é pessoal qualificado para lidar com essa imensa quantidade de dados, além de estabelecer quais dados são importantes antes de iniciar o monitoramento.
Usando a agricultura como exemplo, a Internet das Coisas permite ter dados precisos sobre clima, terreno, índice pluviométrico em diferentes épocas do ano e tudo mais necessário para estabelecer a quantidade de água necessária para uma irrigação. Mas analisar esses dados é tarefa para profissionais altamente qualificados em algo muito específico, algo que hoje já é difícil de encontrar.
Esse vídeo mostra, de forma bem simples e didática, como seria um mundo onde até seus tênis estão conectados à internet.
Fonte: Computerworld