Ronaldo Gogoni 10 anos atrás
Apesar de ser extremamente mais poderosa do que as mais comuns interfaces USB 2.0 e 3.0, o conector Thunderbolt da Intel que recentemente chegou à segunda versão, e que possui a Apple como seu melhor garoto-propaganda possui um problema sério: a licença não é barata. Como Cupertino tem parte na criação do conector, a adição dele em seus computadores muito provavelmente sai de graça, se não bem barato, o que não se aplica à outras fabricantes.
Em declaração recente a Acer, uma das poucas empresas que possuía um produto com a interface Thunderbolt (no caso o Aspire S5 Ultrabook) declarou que não mais utilizará a tecnologia, dando preferência ao USB.
"Nós estamos realmente focando no USB 3.0, ele é uma alternativa excelente ao Thunderbolt", disse um porta-voz da Acer. "ele é mais barato e oferece uma velocidade de banda comparável, além de permitir carregar dispositivos e possuir uma grande base instalada de acessórios e periféricos".
O problema não é somente o preço alto da licença: a maioria dos fabricantes reclama que a Intel fica em cima deles, forçando-os a adequarem seus produtos à sua visão, o que em última análise deveria ser o contrário. No fim das contas esses custos são repassados ao consumidor: um cabo de 2 metros custa astronômicos R$ 149 na loja da Apple. Um cabo USB 3.0 de mesma extensão não passa de R$ 20.
Mesmo que a interface Thunderbolt seja duas vezes mais rápida que o USB 3.0 (quatro vezes mais, no caso do Thunderbolt 2), os custos tanto para os fabricantes quanto para os consumidores não compensam as vantagens, o que é uma pena. Se a Intel quer que a tecnologia pegue, uma boa seria reduzir o valor da licença, ou então ficará restrita a Macbooks e Macs Pro, o que a salvará de um destino semelhante ao da porta FireWire.
Fonte: Ars Technica.