Matheus Gonçalves 10 anos atrás
Algumas empresas conseguem o monopólio de mercado através da venda de uma droga, como pílulas, remédios e sistemas operacionais. Este ex-funcionário da Microsoft está levando a estratégia ao pé da letra. Depois de trabalhar seis anos como executivo na gigante do software, Jamen Shively planeja agora lançar a primeira marca oficial de produtos à base de maconha dos Estados Unidos. Para fins medicinais e recreativos.
“É um mercado enorme que está apenas buscando uma marca!”
Shively, que hoje tem 45 anos, era Gerente de Estratégia Corporativa na Microsoft quando deixou a companhia, em 2009. Agora ele busca novos ares, investindo em uma indústria completamente diferente: maconha legalizada. O anúncio dos planos foi feito esta semana durante uma coletiva de imprensa. O empresário já teria adquirido duas farmácias de manipulação da droga de Seattle, e pretende comprar outras na Califórnia e no Colorado. Ele ainda deixou claro que está interessado em comprar empresas que estejam totalmente dentro da legalidade, já que a empreitada é arriscada demais por si só.
É importante lembrar que o consumo de maconha nestes locais é legalizado. Em outros estados a coisa já é diferente. Ainda assim, o investidor pediu para que o governo dos Estados Unidos torne legal a troca do produto com o México, evidenciando sua ousada (para não dizer, surreal) estratégia. Quem está apoiando tal campanha é o ex-presidente do México, Vicente Fox, que esteve ao lado de Shively durante toda a entrevista. “Eu não sei ainda como isso pode ser feito, mas sabemos que este tipo de incentivo está sendo concedido às outras indústrias”, alegou ele ao jornal Seattle Times.
Shively começou a usar o entorpecente há 18 meses e desde então se tornou um grande entusiasta e evangelista da prática, se dizendo “completamente apaixonado pela planta”. Ele alega ser uma pessoa de respeito, com uma vida cultural ativa, estabelecido financeiramente e sem antecedentes criminais.
Seu sonho é um dia controlar 40% do mercado global de cannabis e, claro, lucrar muito com isso. “Vamos ao sucesso ou vamos pra casa”. E afirma: “Com este tipo de negócio, vamos ser mais ricos que a Microsoft!!”
E eu pergunto: se ele conseguir mesmo vencer os limites políticos, alguém duvida que isso aconteça?
Fonte: Reuters.