Carlos Cardoso 10 anos atrás
Como bom geek tenho, intimamente, a crença de que a tecnologia resolveria todos os problemas do mundo. Na prática sei que não funciona assim. Isso ajuda a criar um lado pragmático que é ótimo para projetos mas te torna “o” espírito de porco que pensa maldades e destrói a ilusão dos outros.
Aqui por exemplo: A idéia em si à primeira vista é excelente: Uma fechadura inteligente que você pode acessar via Bluetooth, rodando uma App em seu celular e abrir e fechar com um simples comando. Adeus chaves barulhentas.
Também é possível definir que outros aparelhos tenham acesso à fechadura, você pode criar horários, verificar logs de uso, etc, etc. O iPhone de sua faxineira só seria reconhecido nos dias e horários da faxina, por exemplo. Amigos poderiam ter acesso direto em dias de festa.
Na prática, é uma péssima idéia. Primeiro, mesmo no 1o Mundo existem assaltos. “por favor o iPhone não, é minha chave de casa” não vai colar, e você ficará sem celular. E sem como entrar em casa. Depois temos o problema de baterias. Elas acabam. Pouca gente volta da balada (ou “night”, em português carioca) com o celular ainda vivo, exceto se for um 3310.
Para completar, veja o quê estará exposto na porta de sua casa:
TODO pivete desocupado de seu prédio terá a mesma idéia que eu tive quando vi a imagem: “Oba! pilhas grátis!”.
Você acabará aporrinhando os vizinhos ou então descendo atrás de uma farmácia 24h para comprar pilha-palito no Fiofó da Madrugada.
Portanto, fikadika: Nossas fechaduras são basicamente as mesmas desde Roma, e isso tem um motivo, e nem é não custarem US$199,00 como essa bobagem aí de cima.
Fonte: SG