Matheus Gonçalves 10 anos atrás
Precisando conversar com alguém? Então procure um amigo ou um psicólogo, pois o Google (ainda) não pode te ajudar com isso. Mas já é possível fazer pesquisas por comandos de voz através do Google Chrome e ouvir as respostas. Tudo bem que a maioria dos resultados ainda é exibida através da trivial lista em texto, mas alguns deles são falados mesmo. Depende da complexidade da pergunta e do idioma. Google, conversa comigo!
O projeto com pesquisas realizadas por meio de comandos de voz data de 2010 e, pouco tempo depois, alguns testes mais precisos começaram a ser realizados com sucesso. Esta novidade tinha sido anunciada na conferência Google I/O.
Fiz algumas tentativas de buscas, mas os resultados não foram muito animadores. A primeira vez que eu tentei buscar “The nearest drug store” (a farmácia mais perto), o Google realizou a pesquisa usando o termo “Which is bad grammar and which is good?” (algo como “o que é uma gramática boa ou ruim”, claramente tirando uma com a minha cara).
Resolvi falar pausadamente, perguntando quem é Barack Obama. Desta vez, o Chrome, com a sempre simpática voz da mocinha do Google, me respondeu que ele era o presidente dos Estados Unidos (na época), contando um breve relato sobre sua atual gestão e citando o fato de que ele foi o primeiro presidente afro-americano a ser eleito na história do país. Quando perguntei quem era o primeiro ministro do Canadá, a resposta veio em alto e bom som: “The prime minister of Canada is Stephen Harper”.
Tentei apelar: Perguntei, em inglês, qual era a massa atômica do plutônio. A voz surpreendentemente respondeu: 244 u. Legal.
Em teoria, esta pesquisa através de conversação (ou conversational search) consegue identificar vários idiomas, incluindo o Português do Brasil. Todavia, a precisão dos resultados fica pior. Tentei buscar por “Ayrton Senna da Silva”, e o Google buscou por (sic) “airton sena da silva”, sugerindo a correção para o nome do piloto. Quando tentei encontrar a “última versão do Android”, ele identificou todas as palavras e efetuou a pesquisa corretamente (claro!). Como a função de conversação só está disponível em inglês, não obtivemos resultados por voz, apenas texto.
Acredito que sim, ainda há muito para melhorar. Mas este é mais um passo da empresa em busca de melhores interações entre homem e máquina, que é o princípio de qualquer estudo de usabilidade. Poucas empresas tem investido tanto nesta área quanto o Google.
Com informações: CNet