Ronaldo Gogoni 10 anos atrás
Hoje em dia temos telas touchscreen em todo lugar, desde smartphones até computadores AIO lindões (e gigantescos). Mas e papel? Há quem reclame que ele não é interativo o bastante (sic), além de ser retrógrado. O fato de termos publicações que resistiram a milênios enquanto um smartphone não sobrevive mais do que dois anos parece um tanto irrelevante.
Porém a Fujitsu apresentou uma tecnologia para tornar a interação com papel (e quase qualquer outra superfície) mais dinâmica: um dispositivo capaz de escanear um objeto e transformá-lo em uma interface sensível ao toque.
O aparelho da Fujitsu consiste apenas de uma webcam e um projetor. Basta aproximar um objeto com uma página e selecionar uma área arrastando o dedo, como se fosse o cursor do mouse. A área se transforma numa interface que pode ser manipulada, movida e rotacionada, até mesmo linkada com o objeto.
Apesar do hardware simples, o pulo do gato é seu software de processamento que segundo Taichi Murase, pesquisador dos laboratórios da Fujitsu, é capaz de reconhecer o movimento de um dedo, numa velocidade de 300 milímetros por segundo. O sistema é tão apurado que ignora movimentos triviais.
O sistema consegue escanear superfícies curvas (como um livro aberto) e não é afetado por diferenças de tonalidade. Foi mostrado inclusive que ele pode manipular objetos renderizados em 3D através do punho fechado, mas infelizmente não foi exibido se ele escaneia o objeto inteiro em tempo real.
Por enquanto ele está em fase de testes, mas a Fujitsu está otimista o bastante e pretende lançr uma versão comercial já em 2014.
Fonte: The Register.