Carlos Cardoso 10 anos atrás
O instagram é uma rede social sui generis (não a revista, sossega, Yeltsin). A interação não é confortável, então as pessoas evitam comentar nas fotos alheias, o simples “Like” é suficiente. Também não há comunidades, grupos nem forma de arregimentar grande quantidade de pessoas.
Com isso a interação, que não é confortável, gera uma rede que em si é confortável para quem sofre de overdose de mídias sociais. Esqueça os fotógrafos recalcados achando que alguém se sente fotógrafo por usar um filtro numa foto.
Esqueça o discurso anti-hipster de que é só gente postando foto do almoço ou do copo do Starbucks. Há gente de todo tipo lá, uma prova disso foi a popularização do serviço, com o lançamento do cliente Android, um ano atrás.
Na época foi um auê, mimizentos iniciaram a Operação Recalque Freedom ameaçando deixar o serviço, alegando que as timelines ficariam repletas de “mim segue”, fotos do Bandejão da Central do Brasil e DIários do Busão.
Só não perceberam que isso só aconteceria se eles SEGUISSEM as pessoas que postam essas coisas. Em verdade a única “profecia” que acertaram foi a turma do “mim segue”, mas isso se deve à popularização do serviço, não à plataforma.
Hoje o Android responde por 50% dos 100 milhões de usuários do serviço, número que aumentará quando o Instagram parar de baitolice e liberar o cliente Windows Phone. A tal “queda de qualidade” obviamente não aconteceu.
Plataformas não estragam serviço. Nacionalidades sim. Ficaria preocupado é se os brasileiros invadissem o Instagram, mas agora felizmente é tarde demais, ele já se estabeleceu.
Fonte: TC.