Dori Prata 11 anos atrás
Como grande parte das pessoas parecem preferir reclamar e criticar do que fazer elogios, é fácil encontrarmos textos e comentários indignados atacando desenvolvedoras e editoras que adotam modelos de conteúdo adicional para games que basicamente só visam o lucro e por isso eu me considero quase que com a obrigação de divulgar a opinião de Marcin Iwinski, co-fundador da CD Projekt. Ao ser questionado se cogitaram cobrar pela Enhanced Edition do jogo The Witcher 2, ele deu a seguinte resposta:
“Bem, tivemos muitas discussões em relação a edição melhorada do The Witcher. Foi um pouco diferente porque tínhamos um acordo de publicação e agora temos um acordo de distribuição. Quando tínhamos aquele acordo de publicação, fomos à editora e dissemos, ‘Então temos esta ideia onde faremos todas essas coisas, todo esse conteúdo e o jogador não precisará pagar nada por isso, daremos tudo de graça. O que vocês acham?’ A editora arregalou os olhos e disse, ‘Uau! Vamos cobrar 10 dólares! 10 euros!’ Mas nós acreditamos que poderíamos vender mais unidades se adicionássemos o conteúdo gratuitamente.
Quando disponibilizamos aquilo gratuitamente, vimos um aumento nas vendas com o Enhanced Edition porque ela criou um ar de boa vontade e revigorou o produto. Você sempre pode fazer isso por dois ângulos e infelizmente eu vejo a indústria tendendo a explorar excessivamente o jogador. Acho que se voltará contra as editoras que estão fazendo isso e eventualmente as pessoas pararão de comprar seus produtos. Essa não é a maneira que as coisas funcionam.”
Além de constantemente se posicionarem contra o DRM, a CD Projekt tem dado boas lições de como tratar o seu consumidor e com ambos The Witcher o estúdio lançou pacotes de atualizações que melhoraram todos os aspectos do jogo, chamando a atenção de muitas pessoas e fazendo com que, mesmo sem ter jogado as suas criações, eu me tornasse fã do trabalho dos caras. Como seria bom se outras empresas seguissem os passos dos poloneses.