Carlos Cardoso 11 anos atrás
Como todo isento que compra um celular quadri-chip na Casa & Vídeo sabe, o SIM card foi uma evolução imensa em relação ao modelo antigo onde o número estava intimamente ligado ao aparelho. Claro, nunca se realizou o cenário de gente trocando chip por ficar sem bateria em mesa de bar, mas é inegável a superioridade do recurso.
Durante um tempo pareceu que o SIM card era perfeito, mas a necessidade dos fabricantes por mais espaço para circuitos e principalmente bateria gerou o micro-SIM, usado no iPad, iPhones mais modernos e outros celulares.
Logo depois surgiu a idéia de um formato menor ainda, o nano-SIM. e aí o bicho pegou. O Instituto Europeu de Padrões em Telecomunicações (ETSI, não confundir com aquele site boiola) abriu o processo para sugestões e logo duas propostas surgiram, da Apple e do consórcio Nokia/RIM/Motorola.
A Nokia criou um chip bem interessante, bastante parecido com um daqueles malditos micro-SD que a gente morre de medo de perder. A Apple apresentou uma versão menor do micro-SIM, uma versão bem menos inovadora que a Nokia. Conservadora mesmo.
Pesando os dois lados, a idéia da Nokia dispensaria bandejinhas e usaria um slot mínimo, igual ao cartão de 16 GB que todo mundo que tem Android já usa. Já a Apple exigiria uma bandejinha, igual a do iPad e iPhones.
A Nokia economizaria espaço, MAS abriria mão de retrocompatibilidade. O padrão da Apple, usando um adaptador encaixaria em qualquer celular usando micro-SIM e mesmo o mini-SIM normal.
Os dois padrões serão isentos de patentes (palavra da Apple) e sinceramente, do ponto de vista do consumidor qual o escolhido é irrelevante. Não consta que um monte de gente tenha toneladas de celulares na gaveta e viva trocando chips.
O fato é que o padrão publicado, 4FF nano-SIM é o sugerido pela Apple, sem nenhuma alteração.
Acaba sendo mais uma briga de egos, e uma demonstração do quanto a Apple cresceu, em termos de poder e influência. Dez anos atrás seria impensável a Nokia não ditar os padrões europeus.
Fonte: SG.