Carlos Cardoso 11 anos atrás
Houve uma época em que era modinha papagaiar desktop. Havia programas que animavam ícones, havia uma maldita ovelhinha que andava pela tela, e nem vou chegar naquele abominável macaco roxo. De olho nesse mercado de gosto questionável a Microsoft lançou o Aero, que encheu a tela de janelas semi-transparentes, efeitos desnecessários e tornou placa 3D algo obrigatório.
O Linux como sempre veio atrás, bateu pé e mostrou que conseguia ser mais brega ainda, com efeitos 3D de troca de desktop, tela dissolvendo e outras baitolagens.
Na prática esses efeitos só eram usados para mostrar que o Linux era superior ao Windows e –no caso dos usuários Windows- para impressionar quem não conhecia o Linux. Em todos esses anos nessa indústria vital em nunca, NUNCA vi ninguém usar Windows+TAB exceto em demonstrações.
Hoje o foco do Linux mudou de gerenciadores de tela 3D e outras frescuras para usabilidade real, e o Windows 8 segue o mesmo caminho. Segundo os previews liberados por Redmond o Aero MOR-REU, bateu as botas. O foco é o Metro. Nas aplicações com interface tradicional as janelas são muito mais sóbrias, simples e objetivas.
Isso significa que CPU e GPU ficarão liberadas para usos mais nobres, o que será essencial principalmente em tablets, que não tem processamento para esbanjar.
Claro, não imagino que vão abandonar as boas idéias do Aero, como o Aero Snap, mas em uma indústria onde a cada ano as interfaces ficam mais e mais pesadas (oi, KDE!) é um alívio ver alguém focar no conteúdo e na leveza.
Só continuo sem entender como resolverão o Metro em interfaces mouse/teclado.
Fonte: EG