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Cities: Skylines II promete construtor de cidades super-realista

Ao anunciar o Cities: Skylines II, Paradox Interactive e Colossal Order dizem que o jogo alcançará um nível de simulação muito superior ao do antecessor

1 ano atrás

Em 2015 o mercado de jogos de construção de cidades foi sacudido por um título desenvolvido por um estúdio finlandês pouco conhecido. Eis que após oito anos, várias expansões e mais de 12 milhões de cópias vendidas, a Colossal Order anuncia a produção de uma continuação para aquele fenômeno e se a promessa for cumprida, o Cities: Skylines II deverá levar a simulação a um nível bem mais alto.

Cities: Skylines II

Crédito: Divulgação/Colossal Order

Com previsão de lançamento para algum dia de 2023 para PC, PlayStation 5 e Xbox Series S|X, os detalhes sobre o jogo ainda estão sendo mantidos em segredo, mas no comunicado enviado à imprensa, a Paradox Interactive falou sobre o quão ambicioso deverá ser o projeto.

“O Cities: Skylines II oferece a simulação de cidades mais realista já criada, na qual os jogadores podem construir qualquer tipo de cidade que possam imaginar e acompanhar seu crescimento de uma humilde vila a uma movimentada metrópole,” diz a nota da editora. “De residências individuais a economia e o sistema de transporte da cidade, Cities: Skylines II oferece uma profunda e imersiva simulação que acolhe tanto os novos jogadores quanto os veteranos.”

Quem também seguiu por esta linha foi a CEO da Colossal Order, Mariina Hallikainen. Segundo ela, os anos de experiência que o estúdio acumulou permitirá que eles deem um passo adiante em relação ao gênero, o que parece uma repetição de um passado não muito distante.

Embora não seja um nome muito conhecido do público, desde 2011 o estúdio vinha conquistando vários admiradores graças ao trabalho realizado com um jogo chamado Cities in Motion. Nele o nosso objetivo era melhorar o sistema de transportes público de quatro cidades europeias, com ele nos dando acesso a trens, ônibus, balsas e outros meios de transporte para isso.

Com o tempo aquele jogo recebeu expansões que nos levaram a outras cidades e conforme a desenvolvedora adquiria experiência, passou a cogitar criar um simulador em que tivéssemos que gerenciar toda a cidade. Porém, para os executivos da Paradox, apostar em algo assim era muito arriscado, já que uma tal de SimCity era uma série que reinava absoluta no mercado.

Tudo indicava que aquele sonho teria que permanecer engavetado, mas quando em 2013 a Maxis lançou o problemático SimCity e virou alvo de duras críticas, uma brecha se abriu. De olho na oportunidade, a editora sueca deu o aval para que a Colossal Order iniciasse a criação de uma engine que lhes permitisse simular a rotina de quase um milhão de habitantes, além de nos colocar para cuidar de problemas típicos de uma grande cidade, como trânsito, segurança saúde, educação e produção de bens de consumo.

O resultado daquela investida foi um enorme sucesso, com “a marca Cities tendo se tornado uma parte importante do catálogo de jogos da Paradox,” conforme explicou o CEO da empresa, Fredrik Wester. Parte disso também se deve a contribuição da comunidade, que encheu a versão para PC com modificações que melhoram (e muito) a experiência.

Crédito: Divulgação/Colossal Order

A boa notícia para este novo capítulo é que o suporte a mods continuará, mas as empresas não falaram nada sobre o recurso se estender aos consoles. No entanto, mesmo que as criações dos jogadores estejam presente nos videogames da Sony e da Microsoft, resta saber se teremos algo tão aberto quanto no PC ou se encontraremos apenas uma ou outra construção, como acontecia na versão do primeiro jogo para Xbox One.

Isso também me leva a pensar sobre o que encontraremos nessa prometida simulação mais realista. Fico sonhando com o que a desenvolvedora aproveitará das ideias implementadas pelos modders, como termos um maior controle sobre as faixas de trânsito ou a simples construção de estacionamentos.

Contudo, o que mais me preocupa em relação ao Cities: Skylines II é a possibilidade de ele não contar com as inúmeras mecânicas que foram adicionadas ao primeiro jogo ao longo dos anos. Hoje, encará-lo sem algumas das suas expansões faz com que a diversão seja muito limitada e será que a desenvolvedora adotará na continuação algumas daquelas ideias já no início?

De recursos simples como transporte público em massa até a possibilidade de tornarmos nossa cidade ecologicamente correta, será que muito do que transformou o primeiro jogo em algo tão fantástico também só aparecerá nesta sequência após gastarmos uma bela quantia com DLCs?

O que me faz pensar nisso é a política que a Paradox costuma adotar para os títulos que publica, com eles quase sempre contando com uma quantidade imensa de expansões, quase todas custando alto. Por tudo isso, não tenho dúvida de que se o Cities: Skylines II for lançado sem muitos dos recursos urbanísticos e de gerenciamento que existem no antecessor, choverá reclamações por parte dos fãs — e com razão.

Crédito: Divulgação/Colossal Order

Ainda no campo da especulação, o site Xboxachivements divulgou a suposta lista de conquistas que o jogo terá no console da Microsoft e nela podemos ver algumas informações interessantes. Uma delas é a conquista chamada Everything the Light Touches, que será desbloqueada após alcançarmos 150 zonas em um mesmo mapa. Se isso estiver correto, será um aumento impressionante em relação ao jogo anterior, já que nele o espaço disponível era de apenas 25 zonas (cada uma representando 2 km²).

Isso significaria a possibilidade de criarmos cidades muito maiores que aquelas vistas no primeiro jogo, pois mesmo com a utilização de mods, o máximo que podemos usar são 81 zonas. Porém, como nada foi dito sobre o tamanho dessas novas áreas para construção, não podemos descartar a possibilidade delas terem um espaço menor, o que seria bem frustrante.

As conquistas também sugerem outras novidades que estariam por vir, como a nossa cidade sofrer com uma infestação de ratos ou passar por uma tempestade de granizo. Se elas estarão mesmo presente, teremos que esperar mais um pouco para comprovar, mas pelo menos há o indicativo de que no novo jogo não precisaremos comprar uma expansão para vermos catástrofes atingirem a nossa simulação.

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