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Elden Ring: o novo mundo de Hidetaka Miyazaki e George R.R. Martin

Diretor fala sobre as diferenças entre Elden Ring e Dark Souls, e revela detalhes do universo que está criando com o autor de As Crônicas de Gelo e Fogo

3 anos atrás

Após permanecer dormente por um longo período, o tão aguardado Elden Ring voltou a ser apresentado ao público e o trailer divulgado recentemente acabou se tornando um dos maiores destaques da E3 2021. Mostrando um pouco da jogabilidade do RPG de ação e pitadas do seu enredo, o vídeo serviu para atiçar ainda mais a curiosidade dos fãs da FromSoftware e para a felicidade deste pessoal, Hidetaka Miyazaki resolveu liberar mais informações sobre o jogo.

Elden Ring

Crédito: Divulgação/FromSoftware

As revelações foram feitas durante uma entrevista concedida ao site IGN, onde o game designer explicou que, assim como acontece na série Dark Souls, o enredo escrito por George R.R. Martin será entregue de maneira sutil. A ideia é fazer com que ele mantenha “a sensação de o jogador descobrir as coisas por si próprio, aproveitando a descoberta do mundo tanto em termos de ação quanto de narrativa.

Neste novo universo criado pelo autor de As Crônicas de Gelo e Fogo, o jogador iniciará sua aventura moldando seu personagem em um robusto editor, mas independentemente de como ele se pareça, será um maculado, alguém cujos ancestrais foram expulsos de um lugar conhecido como Lands Between (Entre Terras, em tradução livre). A oportunidade de retornar para casa acontecerá graças ao Anel Prístino ter sido despedaçado e espalhado pelo reino.

Formado por seis grande áreas que agora são controladas por semideuses que funcionarão como os chefes, cada região contará com sua própria masmorra principal, mas também com castelos, catacumbas e fortalezas que estarão interligados, com os caminhos formando um enorme mapa. Caberá ao jogador escolher qual ordem seguir para concluir os desafios e considerando o trabalho primoroso que o estúdio costuma fazer no level design, acredito que este deverá ser um dos pontos altos do Elden Ring.

Crédito: Divulgação/FromSoftware

De acordo com Miyazaki, o nível de liberdade disponível com o novo jogo será muito maior que o visto nos seus jogos anteriores e uma novidade que deverá agradar muita gente é o fato de que haverá mudanças climáticas e passagem do tempo, com ambos afetando a jogabilidade. Assim, durante a noite tanto o nosso personagem quanto os inimigos serão menos visíveis um ao outro, por exemplo.

Também podemos esperar algumas mudanças significativas em relação aos combates. Para quem está habituado ao sistema presente nos Dark Souls, o game designer explicou como será desta vez:

Pensamos que ao invés de recomendar uma maneira específica dos jogadores enfrentarem cada encontro, uma das coisas que queríamos enfatizar neste jogo era, novamente, a liberdade para escolher como enfrentar os encontros e como abordar estas várias situações. Portanto, há uma grande quantidade de maneiras de abordar os combates e uma grande variedade de habilidades que você pode adquirir. Queríamos permitir que o jogador combinasse esses diferentes elementos para encontrar sua própria estratégia e até mesmo fazer abordagens indiretas ao combate, caso ele quisesse. Então sim, isso é algo que queríamos explorar mais do que nos nossos jogos anteriores e realmente focar, este nível de variedade e este nível de liberdade no combate.

Já para aqueles que sempre se incomodaram com a forma como a barra de energia (stamina) impacta o ritmo dos combates na série Soul ou no Bloodborne, a boa notícia é que embora no Elden Ring ela ainda esteja presente, terá uma importância menor. Assim eles esperam entregar uma experiência menos restritiva e que contribua para a maior liberdade de ações, algo que tem sido tão defendido por Hidetaka Miyazaki.

O novo jogo também trará algumas novidades em relação aos companheiros que poderemos invocar para nos ajudar na progressão. Além de NPCs e de outros jogadores que aparecerão nas nossas partidas, desta vez também teremos a possibilidade de “recrutar” inimigos que tenham sido derrotados. Como cada um terá suas habilidades e desvantagens, caberá ao jogador experimentar e decidir qual melhor se encaixa com seu estilo de jogo.

Como ainda não temos maiores detalhes sobre como funcionará este sistema de recrutamento, só podemos especular sobre as limitações que ele terá. Porém, ao menos teoricamente, este aparece como um dos novos recursos mais promissores do Elden Ring, com os ajudantes podendo servir como ótimas forças de apoio para um jogo que muito provavelmente terá um nível de dificuldade bem elevado.

Com previsão de chegar em 21 de janeiro de 2022 ao PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series S|X, visualmente o Elden Ring já parece muito bonito e por tudo o que foi revelado até aqui, ele provavelmente trará muito do que já vimos ser explorado exaustivamente na série Souls. Na maioria dos casos isso seria preocupante, mas se tratando de algo feito por Hidetaka Miyazaki, não vejo muito risco de sua nova obra cair na mesmice. Na verdade, tenho até a impressão de que o jogo se mostrará um amálgama das principais franquias da FromSoftware nos últimos anos.

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