Ronaldo Gogoni 4 anos atrás
O Motorola Razr, um dos segredos mais mal guardados dos últimos meses é real. O novo celular com tela dobrável, o primeiro da Motorola, resgata o design do clássico V3 e traz um hardware intermediário premium, junto a um preço nada convidativo.
Os rumores em torno do Motorola Razr circulam há um bom tempo e quase tudo, do design às especificações internas, já haviam vazado. Restava apenas a Motorola confirmar o lançamento, o que ela fez nesta quinta-feira (14) nos Estados Unidos (ainda na noite de quarta-feira, 13). Deixando isso de lado, a fabricante resolveu concorrer com o Galaxy Fold da Samsung e o Huawei Mate X de uma forma diferente.
Ao invés de um novo form factor, a empresa decidiu reviver a marca Razr, cujos últimos modelos foram lançados ainda nesta década, mas mirando em um clássico dos feature phones, o V3. Até hoje, ele é considerado um dos melhores aparelhos celulares pré-smartphones por conta de sua leveza, praticidade, performance e design atraente.
A Motorola adaptou o conceito do velho V3 para inserir uma tela P-OLED de 6,2 polegadas dobrável, com resolução de 2.142 x 876 pixels e que, diferente de seus rivais, não fica permanentemente fixa a um painel. A área da dobra, na junta do Razr é livre, assim, o display tem espaço para se mover quando é fechado ou aberto.
A Motorola afirma que essa decisão de design evita que a tela crie vincos, embora o Ars Technica tenha notado ondulações na região durante o hands-on. De qualquer forma, todo mundo sabe que a tecnologia está na infância e há muito espaço para melhorias.
Ainda na parte do design clássico, o Motorola Razr traz também uma tela externa, de 2,7 polegadas e resolução de 800 x 600 pixels, que recebeu o nome de Quick View: ela exibe notificações e alertas em geral, ativa o modo selfie para a câmera principal de 16 megapixels (a interna continua presente, com 8 MP) e pode ser usada para respostas rápidas, inclusive com modo ditado.
Apps nativos da Motorola contarão com recursos de transição entre telas, permitindo começar uma atividade no modo aberto e continuar ao fechar o celular, ou vice-versa. Alguns apps do Google suportam o recurso, mas a Motorola diz que está trabalhando para "adicionar o máximo de experiências possível", o que pode indicar conversas com desenvolvedores para que seus apps suportem o flip.
Na parte interna, a Motorola optou por fazer do Razr um celular intermediário premium, equipando-o com o Snapdragon 710 ao invés de um chip de ponta. Apesar do preço inicial ser bem alto (fator novidade), há quem diga que a ideia é torná-lo acessível a mais consumidores, ao invés de direcioná-lo apenas a quem tem dinheiro para queimar.
Ao menos neste momento, o Motorola Razr segue a máxima de que o preço de ser early adopter nunca é baixo, e quem quer novidades que abra a carteira.
O novo Motorola Razr será vendido nos Estados Unidos exclusivamente pela Verizon, a partir do dia 9 janeiro de 2020 e custará a bagatela de US$ 1,5 mil. A pré-venda começa no dia 26 de dezembro, portanto, nada de pedir um para o Papai Noel.
O Motorola Razr será lançado também no Brasil em janeiro, mas é bom já ir preparando o bolso, porque ele deve chegar custando caro. BEM caro.