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Netflix está liberando episódios para resistir à concorrência

Netflix faz testes na Índia, México e Colômbia liberando episódios de suas séries a todos, para resistir à concorrência de Amazon, Apple e Disney

4 anos e meio atrás

A Netflix sentiu a pressão da concorrência. Com Apple TV+ e Disney+ dobrando a esquina, a empresa líder de streaming de vídeo estaria adotando uma nova estratégia para atrair assinantes: ela liberou o primeiro episódio da série Soneto de Sangue na Índia para todos, inclusive não-assinantes do serviço.

jgryntysz / controle remoto / Pixabay / Netflix

Antes de mais nada, vale lembrar que a Netflix possui estratégias diferenciadas para o mercado indiano, como um plano de assinatura apenas mobile, que dá direito a acessar os conteúdos somente por celulares, tablets e é limitado à resolução de 480p, pelo equivalente a R$ 10 mensais.

Como a série acima citada (no original, Bard of Blood) é uma produção local, que o serviço adquiriu direitos exclusivos de transmissão pela internet, a Netflix estaria testando o formato de modo a atrair novos assinantes no país. A companhia informa inclusive que a oferta é limitada e não ficará no ar para todo o sempre.

Este não é um episódio (hehe) isolado. No início de setembro, a Netflix realizou uma oferta similar com Elite, em que o primeiro capítulo da série espanhola também foi liberado de graça, mas apenas no México e na Colômbia. É possível que a plataforma esteja testando o novo formato e a recepção do público, bem como a iniciativa se reverte em novos assinantes primeiro em mercados emergentes.

Isso posto, não estranhe se muito em breve a Netflix Brasil liberar o primeiro capítulo de 3%, O Mecanismo, Coisa Mais Linda ou outra local para todo o público curtir sem ter que pagar nada.

Os motivos são mais do que óbvios: além da expansão da Amazon Prime no Brasil e em outros mercados, há a iminente chegada da Apple TV+ no dia 1º de novembro em mais de 100 países (nós inclusos), além do lançamento do Disney+ no dia 12 de novembro em mercados selecionados (Brasil e outros, só em 2020). A estratégia da companhia visa oferecer uma "dose grátis" para atrair novos públicos e convencê-los a assinar seus serviços.

Os problemas da Netflix, no entanto são outros: os preços e planos de acesso. Para assistir os filmes e séries com uma qualidade minimamente decente (no caso, 1080p), é preciso pagar R$ 32,90 por mês. Quer 4K, HDR10 e Dolby Vision? São 45,90/mês.

Por sua vez, Amazon, Disney+ e Apple TV+ contam com um valor único de assinatura, que fornece qualquer resolução e recurso adicional limitado apenas pela sua tela e banda de internet, por uma mensalidade de respectivamente R$ 9,90, US$ 6,99 (ainda sem preço no Brasil) e novamente R$ 9,90. Além de não limitar a experiência, todos são mais baratos.

Se a Netflix quer realmente se tornar mais interessante que seus rivais, ela terá que rever sua estratégia de preços; é isso ou ficar para trás.

Com informações: The Next Web.

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