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Saab Gripen F-39: primeiro caça do programa FX-2 entregue ao Brasil

A Saab entregou o primeiro caça Gripen para a FAB, agora ele será testado, para que o Brasil tenha vetores de combate compatíveis com sua importância!

4 anos e meio atrás

Trinta e sete (isso mesmo, 37) anos atrás, quando a Argentina invadiu as Falklands o Brasil percebeu que estava ridiculamente defasado em termos de meios de combate aéreo. Só depois desse tempo todo isso começou a ser resolvido, com a entrega do primeiro caça Gripen pela Saab.

Caça Saab-Gripen em vôo

A necessidade de modernizar a frota de caças da Força Aérea Brasileira foi formalmente reconhecida no Governo Fernando Henrique Cardoso, quando criaram o Programa FX, que acabou empurrado com a barriga até o Governo Lula, que cancelou e criou o programa FX-2 - A Missão, que, como tudo no Brasil, foi enrolado e deixado de lado e acabou a batata-quente sendo passada pro Governo Dilma, quando finalmente saiu a decisão final e o Brasil escolheu os caças Gripen, da sueca Saab. (para uma versão mais detalhada do imbroglio, consulte este link)

O projeto acabou se tornando bem mais interessante, com transferência de tecnologia e partes feitas em empresas brasileiras, como o painel multifuncional:

painel do Saab Gripen feito no Brasil

Produzido pela AEL Sistemas, do Rio Grande do Sul, o painel não só integrará os 36 caças que o Brasil comprou, como os 60 encomendados pelo governo sueco. E não é só isso, a maior parte dos Gripens serão construídos no Brasil, a Embraer planeja entregar o primeiro em 2024. Ao todo, 40% do caça tem tecnologia made in Brasil e 80% da estrutura primária é feita aqui também.

Claro, projetar uma versão nova como o Gripen E não é tarefa corriqueira, envolve milhares de horas de testes e certificações, e depois dos testes internos da Saab, a empresa está confiante o bastante para entregar oficialmente a primeira aeronave para testes brasileiros.

A entrega simbólica foi dia 10 de setembro em Linköping, Suécia. Contou com a presença dos Ministros da Defesa do Brasil e da Suécia,  do Comandante da Força Aérea Brasileira, do Embaixador do Brasil na Suécia e vários outros figurões.

O caça, que quando for incorporado, será chamado de F-39 e consegue decolar com apenas 500 metros de pista, atinge velocidade máxima de Mach 2 e consegue levar 5,3 toneladas de armamentos - o dobro de uma fortaleza voadora B-17 da Segunda Guerra Mundial.

No momento ele vai permanecer na Suécia onde continuará a ser testado, medido carimbado, avaliado e se tudo der certo até o final de 2020, será enviado para o Brasil para... adivinhou: mais testes.

Agora a parte suculenta: O Gripen brasileiro fez seu primeiro voo no finalzinho de agosto de 2019 e se comportou muito bem, para tristeza do Maduro:

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