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Diablo III: uma visão geral e o que muda na versão para Nintendo Switch

Além dos itens cosméticos exclusivos, nova adaptação traz uso interessante dos amiibos

5 anos atrás

A série Diablo, nascida em 1996, é uma das primeiras opções que vem à cabeça ao se falar de grinding e games com visão isométrica, a famosa “câmera aérea” para jogar. Apesar do primeiro título ter sido bem recebido, foi com Diablo II e a ótima expansão Lord of Destruction que a série conquistou uma legião de fãs. Depois disso, doze angustiantes anos se passaram até a chegada de Diablo III, em 2012, e a expectativa foi tão alta que nem os servidores da Blizzard aguentaram a horda de jogadores simultâneos online, no primeiro dia de lançamento.

diablo3-nintendo-switch / Vivi Werneck / Meio Bit

Ao longo dos atuais 6 anos de vida, Diablo III já teve seus altos e baixos - o baixo sendo a infame casa de leilões usando dinheiro real, e o alto com a expansão Reaper of Souls, que deu ao game um Ato V e novas atividades para os jogadores explorarem. As duas grandes diferenças de gameplay entre este e os jogos anteriores são o modo online, com os diferentes desafios e temporadas, e os ports para mais de duas plataformas. Diablo agora saía do computador e possuía outros corpos, digo, consoles.

Chegando primeiro no PS3 e Xbox 360, um ano após o lançamento para PC e macOS, e depois, já em 2014, para PS4 e Xbox One, agora é a vez do caçula dessa geração, o Nintendo Switch, também ganhar sua versão especial, com a Eternal Collection.

O que tem de exclusivo para o Switch

Diablo III: Eternal Collection chegou no último dia 2 de novembro, que a título de curiosidade é o Dia de Finados (se isso não foi pensado de propósito, veio bem a calhar), como talvez o último (?) port do jogo, já que para smartphones teremos o Immortal, que nem chegou, mas já é polêmico.

Além do jogo base (óbvio), a expansão Reaper of Souls e a classe Necromante (falaremos mais dela adiante), a Eternal Collection traz itens cosméticos exclusivos para o console da Nintendo, como as asas “Ecos da Máscara”, e uma função diferente para o uso de amiibos.

  • Set de armadura “A Lenda de Ganondorf”, inspirado no vilão de The Legend of Zelda: isso não é algo que vai aparecer, do nada, no seu baú. Primeiro é preciso desbloquear a artesã Míriam, a tia dos encantamentos e transmogs. Agora, você precisa pagar 50 mil ouros por peça dessa armadura! Novamente, este conjunto é apenas um cosmético e não vai te dar bônus in-game algum. Então, se estiver com ouro sobrando, seja feliz;
  • Cucco, a galinha mercenária: o animal mais temido da série The Legend of Zelda foi traficado para o Santuário e, agora, pode ser seu bichinho de estimação. O Cucco não te ajudará a matar uma mosca sequer, assim como os outros pets, mas ciscará todos os ouros que pularem de baús e caírem de inimigos mortos numa velocidade ímpar;
  • “Vingança da Supremacia”: mais um pet (em forma de aeronave) colhedor de moedas, só que dessa vez em homenagem aos 20 anos de aniversário da série StarCraft;
  • Moldura Triforce: para decorar o avatar do seu personagem ao estilo Zelda. Uma moldura dourada, brilhante, colorida e cheia de vida. Não combina muito com o Necromante;
  • Portal de amiibo: o recurso mais útil dos exclusivos para o Switch, caso você tenha um amiibo, é claro. Normalmente, quando o jogo permite, usar um amiibo faz aparecer alguns boosts ou equipamentos para o jogador. Em Diablo III, usar o que muitos podem considerar o “cheat lucrativo da Nintendo”, significa abrir um portal direto do inferno, de onde alguns monstros de elite são conjurados. Você só consegue farmar algum item se sobreviver. Só é possível usar o amiibo novamente após 21 horas e fora das cidades.

diablo3-transmog / Reprodução

Mas que diablos muda no console da Nintendo?

Sobre gameplay, nada de extraordinário muda em relação às versões anteriores para consoles. Inclusive, vale ressaltar que a migração do computador para os videogames foi bem feita e a experiência é ótima, independente da plataforma. A função de esquiva dada para o analógico direito, por exemplo, é bem útil na hora de escapar de emboscadas ou daquelas malditas magias rotativas, em forma de lasers na cor roxa, que alguns inimigos lançam.

Visualmente falando, e comparando entre as versões para os consoles da atual geração, é possível notar uma diferença de nitidez entre as versões de PS4 e Xbox One para a do Switch. O visual na plataforma da Nintendo tem um aspecto “mais embaçado”, mesmo em áreas mais claras, como no deserto do Ato II.

Isso acontece muito por conta das limitações de hardware do Switch e sua resolução de 720p (1280x720), na tela do próprio console. Com o videogame no dock para a TV, as coisas melhoram um pouco, na resolução FullHD (1080p). Mas não se preocupe quanto a isso; o “blur” deste port é facilmente esquecido com o tempo. O jogo roda suave e sem travamentos, tanto na TV, quanto com o console nas mãos.

diablo3-gameplay / Reprodução

Menções honrosas de gameplay

O TOC do Goblin do Tesouro

TOC significa Transtorno Obsessivo Compulsivo. Imagino que já saibam disso, mas, por favor, não me xinguem. Preciso tentar explicar as coisas sempre que possível, por mais que pareçam óbvias, às vezes.

Mas voltando… O TOC do Goblin do Tesouro, em Diablo III, é facilmente diagnosticado como um descontrole, acima de qualquer noção de sanidade, em caçar esse pequeno ser miserável a qualquer custo.

Hipoteticamente falando, você pode estar enfrentando, ao mesmo tempo, versões elite do Diablo, Belial e Azmodan, conjurando ainda aqueles raios lasers roxos e rotativos do capeta, com seu personagem no modo Hardcore (ou seja, morreu perdeu tudo), que - se ouvir aquele gritinho desafinado (“coquipriii…”, ou algo do tipo) do Goblin - você para tudo e sai como louco atrás dele!

Aí é tentar encurralar o bicho, para que ele não saia em disparada “costurando” o cenário inteiro com seu personagem atrás e, consequentemente, arrastando todo o estoque de monstros do jogo junto. Quando você ainda consegue evitar que ele fuja por um portal, perfeito! Mesmo que as recompensas não sejam lá tão boas. Frustrante é deixá-lo escapar e ainda ter que lidar com todos os “hooligans” dos infernos que arrastou junto.

Ao menos veja pelo lado bom. Sua galinha mercenária deve ter ciscado todos os ouros que o Goblin deixou pelo caminho. Ah, a Blizzard vai lançar uma versão amiibo desse pequeno desgraçado, em dezembro desse ano ainda. No entanto, ainda não se sabe o que este “cheat lucrativo da Nintendo” fará de especial.

goblin-tesouro-amiibo / Divulgação

Necromante: “rise from your grave” and kick asses

A classe Necromante, amada por muitos (inclusive eu) desde Diablo II, foi a última adição de personagem ao Diablo III (ao menos, por enquanto). No entanto, se você já tem uma versão anterior do jogo, é preciso pagar para ter o pacote “Ascensão do Necromante”, ou comprar alguma edição completa ultra blaster do game. Além da nova classe, você também desbloqueia (adivinha?) itens cosméticos.

Mas o motivo de criar um tópico exclusivo para esta classe é um senso comum sobre ela, na maioria dos jogadores. Este é, oficialmente, o personagem mais apelão de Diablo III. Sinceramente, não sei como a Blizzard não nerfou a classe até hoje. Mas não estou falando isso como algo negativo, do contrário, é divertidíssimo jogar com ele (ou ela). Até porque você pode configurar o jogo direto no Perito, em pleno nível 1, e tirar de letra.

Assim que você desbloqueia seu reduzido, mas eficiente, exército de esqueletos é só festa. Inclusive, o combo de habilidades “soldados esqueletos + explodir cadáveres”, por si só, já cuida de uns 60% do DPS da classe. Fora que o Necromante é quase imortal, se você montar a build certa de habilidades ativas e passivas. À sua disposição, para tocar o terror, há algumas maldições e skills dedicadas só para absorver a energia vital dos inimigos e sua essência. Ah, não posso esquecer de explicitar aqui meu amor pela armadura de ossos.

Em resumo: se esquivar direitinho, ninguém morre jogando com o Necromante.

skeletor-cucco / Reprodução

Necromante e sua arma secreta: Cucco, a galinha mercenária

Seria o Switch a última quest de Diablo III?

Se a Blizzard ainda pensa em fazer algo a mais com Diablo III, espero que seja, sei lá, uma nova expansão ou, ao menos, novos modos de jogo. Isso porque, a não ser que a empresa passe a portar o game para eletrodomésticos smart, acho que já deu, mesmo o jogo sendo viciante. Ninguém vai reclamar se anunciarem um conteúdo extra, a nível de Reaper of Souls, por exemplo. Puxa, Blizzard... Só uma expansãozinha nova, vai? Nunca te pedi nada (mentira, pedi Diablo IV anunciado na Blizzcon, sim!).

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