Ronaldo Gogoni 9 anos e meio atrás
O LG G3 chegou ao mercado com a promessa de pelo segundo ano consecutivo, superar todos os seus concorrentes top de linha e se posicionar como o mais moderno smartphone disponível. Após duas semanas de testes com ele, venho aqui e digo o seguinte: eles conseguiram. O aparelho realmente é incrível (com alguns probleminhas), e aqui estão nossas impressões.
Comecemos logo pelas specs:
Ele é um aparelho relativamente grande, um pouco maior do que a maioria dos smartphones até para acomodar a tela de 5,5 polegadas e sua incrível resolução Quad HD. Ela é de fato tudo aquilo que você imagina e muito mais: a resolução e contraste do display é absurdo, é difícil se acostumar com algo inferior, mesmo Full HD na sua mão depois do G3. Não só é impossível identificar pixels, as cores são mais vivas, o brilho é muito bom e o branco da tela e o ângulo de visão são excepcionais. Porém, é importante lembrar que a LG meio que forçou a amizade com um display tão potente, porque no fim das contas o ganho real é muito pouco em termos de qualidade.
Em termos de pegada e usabilidade, ao menos para mim que tenho mãos grandes ele é confortável, e até é possível manuseá-lo com uma mão só. Mas como sou exceção é preciso manter em mente que ele foi feito para ser operado com as duas mãozinhas.
O acabamento do aparelho é impecável, algo que muitos fabricantes não conseguem com seus aparelhos de prástico. O desempenho é outro fator importante, e com 2 GB ele não faz feio e alterna entre aplicativos com facilidade. Entretanto, o fato da LG ter decidido trazer o modelo mais simples e não o com 32 GB de memória e 3 GB de RAM vai se mostrar um problema no futuro, principalmente no que diz respeito a atualizações do Android.
Há de se levar em conta outro fator crítico: a bateria. Com 2.940 mAh, o que seria mais do que suficiente na maioria dos smartphones se mostrou insuficiente no G3 por causa justamente da tela, que come uma energia danada. Com carga no máximo, acessando redes sociais, ouvindo música e assistindo vídeos, ele foi de 100% a 15% em 6 horas. Para meu uso isso é uma falha mortal, porque em performance de consumo ele ficou pior que o G2, e com a mesma quantidade de RAM e uma tela que não faz tanta diferença no frigir dos ovos, é como se estivéssemos levando um sucessor piorado para casa. Ainda assim, a maioria das pessoas dificilmente conseguirá zerá-lo em um dia de uso moderado.
A câmera é apenas muito boa. Com 13 Mp e OIS, Flash LED duplo e a auto-foco laser, ela melhorou em relação a presente no G2 mas não é algo absurdamente superior, principalmente devido o sensor de apenas 1/3″. Ainda assim o conjunto faz um bom trabalho na hora de tirar fotos externas e internas, só não consegue captar detalhes com nitidez. Claro, isso vai interessar àqueles mais aficionados por fotografia, mas não a quem só quer tirar uma foto relativamente boa para postar no Instagram. Por outro lado ela é capaz de realizar filmagens em 4K, que embora seja um recurso legal você não vai conseguir sair filmando a vontade, até porque o feature come bateria que é uma beleza e superaquece o G3. Já a câmera frontal é de 2,1 Mp; mais do que suficiente para selfies (clique nas fotos acima para ver em tamanho real).
No fim das contas o G3 é um aparelho muito bom. Por R$ 2.299,00 (preço oficial no lançamento) você vai levar para casa o que há que mais moderno disponível hoje, mas é bom estar ciente que ele é um aparelho comilão devido principalmente a tela, e eu lamento o fato da empresa sul-coreana ter trago a versão mais simples para cá, pois o 1 GB adicional faria uma diferença considerável. Para quem quer algo de ponta por um preço justo pelo que está levando, o G3 é uma boa pedida. Mas no dia-a-dia, fica difícil bater de frente com aparelhos excelentes e mais em conta, como o novo Moto X por exemplo.
Ainda assim, se você gosta de um aparelho grande e quer uma tela de resolução absurda, uma câmera bem decente e tem alguns tostões a mais, o G3 é para você.
Pontos fortes:
Pontos fracos: