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Time Warner rejeita oferta de US$ 80 bilhões feita pela 21st Century Fox

Não foi dessa vez: a 21st Century Fox oferece US$ 80 bilhões pela Time Warner e proposta é rejeitada, mas Rupert Murdoch não pretende desistir tão fácil.

10 anos atrás

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Rupert Murdoch, o chefão da News Corp e Fox se tornou um magnata da mídia absorvendo companhias pequenas e grandes, fazendo ofertas suntuosas de dinheiro a fim de criar o que quase se tornou um monopólio da mídia, não houvessem corporações tão grandes quanto nos Estados Unidos como Disney e Warner. Não que isso o impeça de expandir ainda mais seu território, nem que tenha que gastar bilhões para absorver seus concorrentes diretos.

A 21st Century Fox, uma das duas empresas oriundas da News Corp original após sua divisão no ano passado (a outra é a atual News Corp) confirmou nesta manhã ter feito uma oferta tentadora de US$ 80 bilhões para adquirir sua rival Time Warner, entretanto a proposta foi recusada. Ainda assim, a companhia de Murdoch não estaria disposta a desistir do negócio. A Fox hoje é uma gigante, um conglomerado que conta com o grupo Fox News, o estúdio 20th Century Fox, a Fox Network e outros, incluindo a parcela no canal brasileiro Telecine. Já a Time Warner responde pela Warner Bros. Entertainment (que inclui os estúdios de cinema, desenvolvedoras de games e a DC Entertainment), a Turner Broadcasting (CNN, TNT, TBS, NBC, Adult Swin e Cartoon Network) e segundo especialistas o principal motivo do interesse da Fox: a HBO.

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Juntos, Fox e Warner se tornariam um leviatã da mídia, respondendo por diversos canais de entretenimento e notícias, além de estúdios de desenvolvimento e cinema. Segundo informes, para não caracterizar monopólio e evitar prejudicar seu próprio produto a Fox pretende caso o negócio seja consolidado vender a CNN, já que ela é concorrente direta da Fox News (e o que poderia ser revertido em até US$ 6 bilhões). Além disso, os contratos que a Warner possui para transmissão de esportes como basquete e baseball fortaleceriam ainda mais a união. A união das duas resultaria numa receita conjunta de US$ 65 bilhões e uma economia operacional de US$ 1,5 bilhão ao ano. Isso claro, se os censores antitruste dos Estados Unidos não chiarem.

No que tange à HBO, é compreensível que ela cause cobiça em Murdoch e cia. Claro que Game of Thrones é um fenômeno na internet e a série mais baixada da história, mas o nível de produção do canal por assinatura é indiscutivelmente elevado, vide outras obras como Boardwalk Empire, True Blood e The Newsroom. Além disso, ter um acervo desse em mãos é interessante para bater de frente com outras produtoras de conteúdo como a BBC, que vai contra-atacar com a adaptação das Crônicas Saxônicas de Bernard Cornwell no formato de série.

Se a Warner vai mudar de ideia, é difícil dizer. Mas uma coisa é certa: Murdoch não vai desistir e continuará pressionando; funcionou no passado, e ele espera que funcione de novo.

Fonte: metade da internet, principalmente Bloomberg, Reuters e The New York Times.

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