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A Fuji e o Sensor Orgânico

12 anos atrás

Sério mesmo, faz uns quatro anos a primeira vez que ouvi sobre o desenvolvimento do sensor orgânico da Fuji. No começo todo mundo achava que seria um sensor parecido com o Foveon produzido pela Sigma. Em vez de pixels captando apenas uma das cores primárias (RGB) e interpolando as outras, teríamos camadas específicas para casa cor. Muito parecido com o que acontece com o filme fotográfico. O tempo foi passando e nada de notícias mais concretas ou mesmo um protótipo funcionando. Porém, eis que no dia de ontem o Dpreview publicou um artigo falando sobre o pedido de patente do sensor orgânico da Fuji. Embora algumas vantagens sejam inegáveis, o pessoal do site levou um especialista para falar sobre o que é bom e o que é ruim na nova tecnologia. Claro que levando em conta que estamos falando das especificações contidas no pedido de patente.

O que todo mundo está especulando é que este será o sensor a equipar a mítica Finepix LX10 que seria a primeira câmera mirrorless da empresa nipônica a chegar ao mercado. Mas, são apenas especulações. Na verdade, o sensor orgânico seria um sensor CMOS híbrido. Por cima ele teria uma camada baseada em carbono e por baixo componentes de um sensor CMOS tradicional. A Fuji garante que o preço de produção do novo sensor seria bem menor e que teríamos pelo menos três grandes vantagens se comparados com sensores CCD e CMOS tradicionais. A primeira é que o novo sistema elimina a necessidade de microlentes para o direcionamento da luz. A segunda é que não é necessário dividir as camadas sensíveis em photosites individuais e a terceira é a falta de necessidade de um filtro infravermelho, já que a camada de carbono seria sensível apenas à luz visível.

Pelo desenho abaixo, vemos que a camada orgânica fotoelétrica substitui os fotodiodos de silício para converter luz em elétrons. Abaixo temos os circuitos do sensor CMOS que são responsáveis por ler a informação. A Fuji está muito confiante na nova tecnologia. Porém, o Dpreveiw trouxe para comentar a patente o inventor da tecnologia CMOS, Eric Fosum, que não se mostrou tão otimista assim. Para ele a invenção é totalmente viável, mas os sensores tradicionais evoluíram tanto que talvez a performance do sensor orgânico não seja das mais fantásticas. Para ele o novo sensor seria muito mais viável para câmeras compactas do que para as de sensores APS-C. Porém, minha gente, estamos falando da Fuji, empresa que nos entregou o Super CCD e o Super CCD EXR. Será que levariam tantos anos assim para desenvolver algo que não fosse convincente?

A espera não deve ser longa. Todos apostam que a nova câmera mirrorless da Fuji com o sensor orgânico seja apresentada ao público em fevereiro de 2012. Eu já estou ansioso.

 

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