Carlos Cardoso 12 anos atrás
Aqui na Tupilândia o termo “ovo de páscoa” não faz muito sentido no contexto de informática, pois não temos o hábito de esconder ovos no quintal e soltar as crianças atrás deles. A temperatura média do Brasil não colabora, mas ninguém ouviu o Al Gore e agora é tarde, mas na falta de palavra melhor, fica ovo mesmo.
É uma tradição entre programadores colocar ovos de páscoa em programas. Isso vai desde o taxi no tutorial de Grafitti do Palm até a Ilha de Lost, com escotilha e tudo no Just Cause 2. Passando pelo clássico simulador de vôo no Excel e about:mozilla do Firefox.
Costumo dizer que há dois tipos de pessoas no mundo: As que gostam de ovos de páscoa e as PNC – calma Nick, quer dizer Pessoa Não-Criativa. Quando descobri o simulador do Excel mostrei aos colegas de trabalho. Todos acharam o máximo, menos um que reclamou, dizendo que era por isso que o programa era lento e ocupava muito espaço em disco. Como se o loop principal de controle do Excel mantivesse o simulador rodando o tempo todo. Detalhe: O PNC em questão era programador.
Felizmente como todo chato era minoria. Barulhenta, mas minoria. Tanto que a prática de Easter Eggs vai bem, obrigado. Que o diga o Zumbi do Android 2.3.
Com a evolução dos celulares os desenvolvedores puderam colocar ovos de páscoa mais complexos que o taxi do Palm, muitos escondidos ali, bem na nossa frente.
É o caso do Speedtest, um programa já resenhado no MeioBit. Apesar de usá-lo quase diariamente, nunca experimentei encostar no velocímetro após a a medição. Pois é, graças à dica do Diego no Twitter, descobri que é só deslizar pra baixo o velocímetro e somos brindados com o felino maligno. E a cada vez que repetimos o gesto, outra imagem aparece, com textos e ameaças de como o Gato das Trevas o perseguirá em seus sonhos.
Bobinho? Sim, mas divertido.