Gilson Lorenti 14 anos atrás
Lembro-me daquela antiga série de quadrinhos, o Homem Aranha 2099, onde o irmão do personagem principal era diretor de cinema. Naquela época (100 anos no futuro) ele trabalhava em casa, e um computador gerava através de imagens virtuais os atores e os cenários, e ele ia ditando a história para que o computador fosse criando as interações entre os personagens. Trabalhar assim era fácil e representava bem o mundo sem emoções e interações sociais daquele universo representado nas histórias em quadrinhos.
Embora a ficção possa ser exagerada, muito do que só víamos em livros e filmes em anos passados estão se tornando realidade. Talvez mais do que seja saudável. Vamos a um exemplo. Andrew Kupresanin criou um projeto interessante que visa mostrar o quanto você fotografa mal. O Acquine’s (motor de classificação de estética) se utiliza de uma série de algoritmos para analisar sua imagem e dar uma nota para ela. Unindo essa iniciativa com uma tentativa de portabilidade, foi criada a câmera Nadia. Embora pareça ser o nome de uma câmera Lomo, a Nadia nada mais é que uma caixa preta com um celular Nokia N97 dentro. Ele fica ligado via bluetooth com um Mac que por sua vez está conectado à página do Acquine’s. Em vez de mostrar a foto no visor LCD, a câmera lhe da uma nota pela composição. Essa nota pode variar de 0 a 100.
É possível ver a nota que a câmera vai lhe dar antes de apertar o botão do obturador. Dessa forma, você vai vendo os conselhos do equipamento até achar que a foto está perfeita do pondo de vista da composição. Pode parecer divertido, mas eu não gosto muito de tirar o fator emocional da imagem e apenas apostar em fatores matemáticos. Uma coisa é certa, pelo sistema do Acquine’s eu sou um péssimo fotógrafo. Minha melhor imagem classificada ficou com nota 45.
Mas, provando que nada é perfeito, nem mesmo no mundo da computação, um screenshot do Live Writer onde estou escrevendo esse texto ganhou nota 42,8. Muito melhor que metade das fotos que mandei avaliar.