San Picciarelli 13 anos atrás
Já sabemos que o iPhone 4 tem alguns problemas de recepção e sinal, os quais a Apple persistentemente tem se mostrado apática e indiferente em relação às constantes reclamações.
Com a política do "segure direito o seu iPhone" e instruções detalhadas para que ninguém trate o assunto como assistência técnica (literalmente, se negando a reconhecer o assunto como um problema), a Apple tem feito de um tudo para convencer à todos que o que está errado é a mão do usuário, não a posição da antena.
Mas, como uma das melhores coisas da indústria é não deixar barato quando se tem chance, uma análise criteriosa feita pela Anandtech trouxe luz ao assunto. Especialmente no que diz respeito ao impacto na vida real que o tal lance provoca.
A equipe da empresa deu um jeito de substituir as barras de sinal do iPhone por indicadores precisos da força do sinal e da recepção do aparelho, tornando possível sabermos exatamente como comparar os diferentes níveis de sinais, em diferentes aparelhos, segurados de todo o jeito possível com as mãos.
Umas das coisas que também foi descoberta é que a maioria dos smartphones tem problemas similares relacionados à recepção e sinal. Entretanto, o iPhone 4 foi de facto o pior de todos, em comparado com o iPhone 3GS e o Nexus One (contradizendo o que disse Steve Jobs, que alegava ser o iPhone 4 a melhor antena e sinal já produzidos pela empresa).
Quando cobrimos a parte inferior-direita do smartphone com os dedos, especialmente quando o fazemos com força, o sinal tende a cair, e não é pouco não...
Os testes também mostraram que a antena externa do iPhone funciona muito bem — melhor ainda que a do 3GS. Mesmo que o sinal caia visualmente com o decréscimo das barras indicadoras no display do aparelho, segundo a análise, muito dificilmente isso resultará em decréscimo de performance de chamada e dados, por exemplo. O que ocasiona todo o problema é o contato direto dos dedos ou de parte das mãos com o corpo do telefone. Portanto, "não me toque" é o sintoma; alergia à mão de novos proprietários é o diagnóstico.
Como solução, uma capinha plástica para isolar essas partes da mão e o telefone, resolve quase que completamente o assunto. Uma espécie de camisinha anti-estática para combater doenças etéreas para qual o aparelhinho não foi adequadamente imunizado quando veio ao mundo. Ou isso, ou pode preparar aquele dedinho afeminado de tomar café na xícara para usar seu iPhone 4 sem picotar ou ser picotado (ahá!) 😀
Ou seja, esqueceram de fazer o teste do pezinho, mas quem leva o chute é o pai adotivo.
Por razões óbvias, mesmo resolvendo-se o problema com essa contra-medida, não se pode tirar a razão de muitos críticos quando dizem que se trata de um erro "não devidamente antecipado" na engenharia do projeto. No mais, arranha um pouco (ou mais que isso) o discurso perfeccionista da empresa em relação à impecabilidade de seus produtos.
Para melhorar, a empresa anuncia nada discretamente a mais suspeita entre todas as vagas de emprego em seu site (ao lado).
A vaga é full-time.