Rodrigo Ghedin 13 anos atrás
Seria bom se fosse fácil assim...
Unir o útil ao agradável é uma busca constante do ser humano. De uns anos para cá, essa máxima chegou aos jogos, através de títulos que prometem exercitar o cérebro enquanto divertem. Infelizmente, a coisa não é tão simples quanto os marketeiros tentam vender.
Telespectadores do programa da BBC Bang Goes the Theory, com idades entre 18 e 60 anos, voluntariaram-se para um estudo de seis semanas a respeito dessa questão. 8600 deles foram impelidos a jogar 10 minutos desses jogos diariamente. Outro grupo, de 2700 pessoas, não jogou, mas sim gastou o tempo navegando na Internet e respondendo questões gerais. Ambos foram submetidos a um teste simples de QI antes de iniciar o experimento.
Os resultados foram meio decepcionantes. O grupo que jogou os aumentadores de QI não ficaram mais espertos, e em certos casos, o grupo que não jogou apresentou resultados melhores.
Um pesquisador independente, Art Kramer, disse que jogos do tipo podem até ter algum efeito positivo sobre o cérebro humano, mas apenas se as atividades virtuais tiverem algum impacto no mundo real. O tipo de jogo e o nível de dificuldade também são fatores que contam, e de modo geral, Kramer diz que se um jogo diverte mais do que o desafia, ele não melhorará o cérebro do jogador. Na prática, apenas jogos realmente difíceis surtem efeito.
No mais, ainda assim é mais benéfico praticar exercícios físicos ou aprender um novo idioma. "Para estimular o intelecto, é preciso um desafio de verdade. Ficar mais esperto é uma tarefa dura", disse Kramer.
Fonte: Discovery News.