Ronaldo Gogoni 5 anos e meio atrás
Todo mundo aprecia um smartphone mais resistente que a média, capaz de resistir a agressões sem sofrer danos aparentes e internos. A Motorola aprecia isso há bastante tempo, desde quando ainda fazia parte do portfólio do Google (vide o Moto Maxx) e isso não mudou após ser adquirida pela Lenovo, como se pôde constatar com o mais recente Moto Z2 Force: seu display é feito para levar porrada num nível Daniel Larusso, graças à tecnologia ShatterShield que resiste a pancadas violentas.
Só que a Motorola estuda alternativas para quando um dano na tela é inevitável. Por mais poderosa que seja a proteção uma força suficientemente significativa vai partir o display e transformar seu smartphone num mosaico de catedral e pensando nisso, ela patenteou no último dia 10 de agosto uma nova tecnologia de display capaz de "regenerar" pequenos danos, quase como um fator de cura.
Funciona assim: o revestimento não utilizaria vidro e sim um polímero especial, capaz de sofrer deformação através de ciclagem térmica e esconder os danos sofridos. Traduzido em miúdos a camada de proteção se dilataria com o calor, se expandindo e preenchendo os vãos causados por uma pancada, queda ou coisa que o valha.
A patente descrita pela Motorola menciona utilizar o próprio calor gerado pelo smartphone em uso para aquecer o polímero, mas que o usuário também poderia ativa-lo com seu calor corporal ou mesmo através de fricção, esfregando o aparelho nas roupas. Seria algo semelhante ao visto na linha LG G Flex tempos atrás, que contava com um revestimento na parte traseira que "curava" pequenas marcas. No entanto o processo não era perfeito, cortes e danos mais profundos não eram possíveis de ser reparados e mesmo os menores não eram 100% apagados.
As chances de que um polímero que corrija danos na tela por ciclagem térmica não apresente resultados perfeitos, deixando o display com marcas sutis ou mesmo perdendo o aspecto plano, ficando todo enrugado e em última análise prejudicando a performance; há também a questão do aspecto geral, em que a camada de proteção tenha uma aparência inferior a um Gorilla Glass e por se tratar de uma tecnologia que veríamos primeiro em gadgets de ponta, dificilmente vejamos algo semelhante no mercado a curto prazo e claro, registrar uma patente não significa que ela se tornará realidade um dia.
De qualquer forma, o fato da Motorola estar considerando uma solução do tipo para o futuro é interessante e se isso levar a uma tecnologia que faça mesmo a diferença, por que não?
Fonte: USPTO.