Carlos Cardoso 6 anos atrás
A infraestrutura para a cobertura de grandes eventos muitas vezes é mais interessante, ao menos para nós geeks, do que os eventos em si. A Tour de France por exemplo, uma competição onde um monte de adultos monta em brinquedos de criança e sai para disputar quem consegue trapacear melhor.
Já a cobertura do evento é incrível. São centenas de câmeras espalhadas pelos 3.540 km do trajeto, e claro é impossível puxar tanto cabo. A saída é utilizar câmeras sem fio, transmitindo para as Unidades Portáteis onde é feita uma pré-seleção de imagens, que são enviadas para um satélite e de lá distribuídas. Só que o trajeto não é amigável, há montanhas, curvas e prédios. Sem linha direta de visada, não dá. A menos que cada câmera tivesse uma antena para falar direto com o satélite.
A saída é usar estações de retransmissão. E essas estações estão em… aviões.
Eles circulam a área a ser coberta, voando a 10 mil e 25 mil pés. Também usaram helicópteros voando a 5 mil pés, para evitar qualquer zona de sombra. Isso significa um plano de vôo bem… curioso. O bastante para chamar atenção do pessoal do Ito World Design Lab, uma empresa australiana especializada em visualização de dados.
Eles pegaram as posições das aeronaves, disponíveis no FlightRadar24, e plotaram as localizações, junto com o trajeto da corrida. O resultado é estranhamente bonito: