Rodrigo Ghedin 13 anos e meio atrás
Acho engraçado quando alguém diz “jamais vou abandonar o produto ‘x’”. Quando a Microsoft lançou o Bing, ouvi muitos comentários do tipo, extremamente passionais, em relação ao Google. As pessoas se esquecem que, no começo da década, esse mesmíssimo comentário era feito, com uma pequena diferença: ao invés do Google, a declaração de amor era para o Altavista ou Yahoo!. A verdade é que usamos o que é melhor, para nossas necessidades, e ponto.
A Google sabe disso, e embora confie no seu taco, não está de braços cruzados esperando que a concorrência, fortalecida com o acordo com a Yahoo! recentemente firmado, torne-se melhor/mais relevante para a maioria. No último mês, o Bing cresceu 1% nos Estados Unidos; pode parecer pouco, mas já é motivo para ficar alerta – principalmente porque esse 1% foi “roubado” da fatia do Google.
Para conter esse avanço, a Google está preparando uma nova versão de seu buscador. Não se trata de um upgrade mínimo, ou ajustes no algoritmo (embora estejam presentes também), mas sim uma nova geração do buscador mais usado do mundo. Em última instância, é uma nova versão do Google.
A novidade ainda está em testes, mas uma versão pública de testes foi disponibilizada. Traçando um comparativo entre o novo Google e o atual, é possível notar pequenas diferenças entre os resultados. Nada muito gritante, mas que promete maior precisão na hora de entregar resultados ao usuário.
O novo Google é resultado de muitos meses de trabalho de um grande time de googlers, segundo comunicado da empresa. As novidades estão “por baixo dos panos”, logo, a maioria dos usuários, tipo… 99%, não notará as mudanças. As metas do projeto, que era secreto até agora, é aprimorar o tamanho do banco de páginas, a velocidade de indexação, precisão e outras coisas do tipo, tudo culminando em respostas mais precisas às buscas feitas pelos usuários.
Ainda é cedo para tirar conclusões, não há previsão para lançamento desse novo Google, mas as primeiras impressões de vários sites e blog foram boas. As diferenças, embora sutis, tornam de fato o buscador mais preciso. Que o Bing continue incomodando, e a Google, aprimorando sua busca. No final, como sempre digo, quem ganha somos nós.
Fonte: Mashable.