Carlos Cardoso 6 anos atrás
Em 1982 um furacão devastou a ilha de Kauai, no Hawaii, a previsão era de semanas sem eletricidade. Um plano foi feito para deslocar um submarino nuclear de Pearl Harbor, ligá-lo à rede elétrica e alimentar a ilha com a energia gerada por seu reator. Não aconteceu, consertaram os reatores antes, mas é um plano que consta dos livros da Marinha.
A idéia de usar reatores nucleares em plataformas móveis não é nova, mas agora vem ganhando impulso por questões econômicas e ecológicas. Não faz muito sentido você ter uma plataforma de petróleo que precisa de navios levando constantemente óleo diesel para os geradores. Queimar petróleo para extrair petróleo não é muito eficiente.
Uma usina nuclear flutuante ancorada nas proximidades produz energia de sobra para uma rede de plataformas. A China percebeu isso e em novembro do ano passado começou o projeto de um navio capaz de prover eletricidade aquecimento e água potável para uma comunidade de tamanho razoável, com seu reator de 200 MW.
Os russos também estão construindo um navio semelhante, que já deveria até estar pronto. O desafio tecnológico aqui é mínimo, eles detém todo o know-how de reatores embarcados, seja na frota de submarinos, seja em seus imensos quebra-gelos nucleares, como o Yamal, na imagem acima.
Fonte: Russia Today.