Carlos Cardoso 6 anos atrás
A primeira impressão que a gente tem quando entra um um avião da Avianca é ótima. Aquela telinha cheia de sacanagens promete altas horas de diversão. Aí descobrimos que a seleção das músicas é mínima e não muda desde 1976, os seriados são cortados E com comerciais a cada 4 ou 5 minutos: é matematicamente impossível assistir um episódio completo de Big Bang Theory em um vôo de Ponte-Aérea.
No final a imensa maioria dos passageiros acaba lendo livros, jornais ou consumindo mídia em seus celulares ou tablets, e as empresas estão percebendo isso, tanto que quem não instalou sistemas de entretenimento pra classe econômica, não vai instalar mais.
O motivo é um só: economia, mas desta vez não é economia porca. Os equipamentos pesam, exigem manutenção, servidores, contratos com as empresas que licenciam e adaptam o conteúdo.
Quando cada kg faz diferença, se livrar dessa tralha toda faz todo o sentido biológico, e é o que a United Airlines e a American Airlines estão fazendo. Nos próximos 100 Boeings 737 Max da American as telas não serão instaladas.
O sistema ainda existirá nos 777s, 787s e outros aviões de rotas mais longas, mas o foco agora é prover internet a bordo, já que 90% dos passageiros levam seus próprios dispositivos. Essa internet, claro, é cobrada.
Ninguém falou que essas empresas jogam pra perder.
P.S.: a foto de abertura é minha. Eu tirei em 2007, antecipando o futuro. Se cuida, Jucelino da Luz!
Fonte: CNN.