Carlos Cardoso 6 anos atrás
Pois é. A tal Estrela de Tabby, com aquele comportamento totalmente anômalo, variando muito de brilho intrigou muita gente, foi até aventada a improvável, quase impossível hipótese de ser uma Esfera de Dyson, uma construção alienígena em volta da estrela para captar energia.
Agora parece que surgiu uma hipótese mais razoável. A culpa da variação no brilho da estrela é do… Devorador de Mundos.
Ok, não esse, na verdade se parece mais com uma nuvem mas por favor não lembre daquele filme menos horroroso do Quarteto Fantástico.
A pesquisa, publicada na revista da Sociedade Astronômica Real se chama Secular dimming of KIC 8462852 following its consumption of a planet, e modela um cenário que reproduz as variações de brilho, elas ocorreriam se a estrela devorasse um planeta.
Isso é assustador, e nem digo só pela saúde do planeta: é um evento bem maior que a dieta constante de cometas, que caem nas estrelas e elas nem tomam conhecimento. Um planeta é grande demais para se manter inteiro, ele seria despedaçado pela gravidade da estrela mesmo que não a atingisse. Isso resultaria em uma nuvem de fragmentos.
A outra questão é: planetas por definição ocupam órbitas estáveis. Para um planeta ser lançado em direção à sua estrela algo muito grave tem que acontecer. Existe a possibilidade de uma estrela passar muito perto do sistema solar, ou o próprio sistema ser composto de mais de uma estrela, o que gera configurações instáveis.
Talvez uma anã-branca em uma órbita muito alongada tenha finalmente se aproximado demais do planeta, alterado sua órbita e ele foi esfarelado ao chegar perto demais da estrela principal.
Ou isso ou…
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