Carlos Cardoso 7 anos atrás
A NPR — National Public Radio é uma empresa de economia mista dos EUA, financiada com verbas governamentais, doações privadas e publicidade. Eles se focam em produção de conteúdo cultural e educativo, discussões políticas, notícias, etc.
Contrariando Freddie Mercury, a NPR está mais viva do que nunca, seus programas de rádio são retransmitidos em 1051 estações de rádio pelo país, com 33,6 milhões de ouvintes semanais, o site npr.org tem 30,2 milhões de visitantes únicos por mês, no total os vários serviços digitais da empresa recebem 79,6 milhões de visitas mensais e os podcasts são baixados 3,5 milhões de vezes por semana.
A NPR faz isso com 828 funcionários, a EBC, estatal brasileira com a mesma função tem 2.600 funcionários e não alcança 1% da mesma relevância, mas garanto que o orçamento da “nossa” é bem maior que os US$ 193,1 milhões da NPR.
A única parte ruim da NPR ter se adequado aos novos tempos é que foram obrigados a abrir espaço para comentários, e com um público conservador, de faixa etária elevada, dá pra imaginar o poço de racismo e intolerância que isso gera.
Incapazes de domar os comentaristas, a NPR seguiu o caminho da Reuters, Popular Science e outros grandes sites, abolindo suas seções de comentários. O argumento para inglês ver é que como a interação está migrando para as redes sociais, não faz sentido gastar recursos mantendo a seção local.
Não é isso, todos sabemos que não é isso, mas é preciso manter as aparências.
Os comentários na NPR serão extintos dia 23 de agosto, mas nas redes sociais já tem muita gente reclamando. Tudo bem, não é mais problema da NPR.
Fonte: Associated Press.