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Nest estaria trabalhando num berço inteligente; as mães agradecem

Nest submete novas patentes de um berço equipado com diversos sensores, que permitiriam aos pais monitorarem seus bebês em tempo integral

8 anos atrás

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A Nest andava muito quieta desde que fora adquirida pelo Google no início de 2014 (tirando as polêmicas recentes). Fora o termostato ela não apresentou mais dada desde quando ainda era a queridinha da Apple, entretanto sabia-se que a subsidiária da gigante das buscas voltaria sua atenção para produtos dedicados à segurança doméstica, não apenas conforto.

Agora chega a informação de que a Nest submeteu novos documentos a respeito de uma patente de um berço inteligente, equipado com sensores que pode ser extremamente atraente para muitas mães.

A patente em si não é nova, ela havia sido submetida pela primeira vez ao Departamento de Registros e Patentes dos Estados Unidos em dezembro de 2014, mas estava parado desde então. No entanto, na última quinta-feira a Nest atualizou a documentação com novas informações, dando a entender que o Google esteja realmente interessado em investir nesse mercado. E faz sentido.

O berço seria completamente inteligente, equipado com acelerômetro, sensores de pressão, ar, luz, umidade e temperatura, câmeras, microfones, conexão wireless e Ethernet (sim, porque em se tratando de bebês é bom não dar chance ao azar de seu Wi-Fi cair), NFC, caixas de som, monitor de vídeo e otras cositas más. Dessa forma os pais acompanharão o sono de seu pimpolho em tempo integral e saberão se ele vomitou, se precisa de uma troca de fraldas ou se outros cuidados são necessários.

Mais ainda: o berço inteligente em tese seria capaz de tomar algumas ações simples sozinho, através de programas pré-determinados pelos pais. Por exemplo, se o bebê chorar ele pode começar a tocar uma música para acalmá-lo ou iniciar a reprodução de desenhos animados numa tela, ao mesmo tempo que dispara notificações. S ele acordar antes dos pais, o berço acionaria LEDs de tons relaxantes de modo que ele pegue no sono novamente.

Isso é a aplicação correta da Internet das Coisas, bem longe de geladeiras com Twitter ou bandeja de ovos conectada. Esqueçam aquela paródia imbecil do berço conectado, o que a Nest propõe é uma dose de tranquilidade a muitas mães, principalmente as de primeira viagem para evitar problemas corriqueiros, sem falar num fantasma que assombra todas elas: a Síndrome da Morte Súbita Infantil.

Esse fenômeno, também conhecido como Mal do Berço é a terceira maior causa de morte de bebês nos EUA. Sem nenhum motivo aparente a criança para de respirar durante o sono e as mães, estranhando o silêncio na manhã seguinte se deparam com o momento mais aterrador de suas vidas: seus bebês morreram sem nenhuma explicação possível, apenas dormiram o sono eterno.

A comunidade médica até hoje não conseguiu traçar um perfil específico, causas, sintomas, métodos de prevenção, nada. Os bebês estão perfeitamente saudáveis à noite, quando colocados para dormir e mortos pela manhã. É o maior pesadelo de qualquer mãe.

Agora imagine num berço inteligente e conectado, que monitora os sinais vitais do pequeno durante a noite e constata, através dos sensores de pressão e temperatura a queda dos sinais vitais do bebê. Ele automaticamente dispararia dois alarmes, um para os pais e outro para a unidade de emergência mais próxima, salvando a vida do bebê num atendimento rápido. Aí vem a pergunta: qual mãe não iria querer um berço do tipo?

A PTC já possui pesquisas do tipo, mas seu foco é em vender a tecnologia para os fabricantes de berços. A solução da Nest, no entanto é completa. O mercado de artigos para mães e bebês é um dos mais lucrativos do mundo, só nos EUA ele teve um aumento de 11% em 2015, com receita de US$ 5 bilhões. Soluções inteligentes e úteis de verdade, que ajudem a salvar vidas não são apenas essenciais, como também uma mina de ouro.

Não há qualquer informação de quando ou se a Nest irá de fato lançar o berço conectado, mas considerando os ganhos tanto para os pais quanto para o Google em termos de lucro, é quase certo que o veremos no mercado mais cedo ou mais tarde.

Fonte: recode.

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