Carlos Cardoso 7 anos atrás
A Europa é campeã em termos de protecionismo, mesmo quando não funciona, como no caso da exigência de o Windows fornecer uma lista de navegadores para instalação, fato que alterou em 0% o market share do Internet Explorer.
Na área cultural eles são piores ainda, mas agora exageraram. Lembra quando todo mundo achou um absurdo a ANCINE querer que 30% do catálogo da Netflix fosse de filmes brasileiros? Lembra da Lei do Audiovisual, que obrigou os canais pagos a passar toneladas de produções nacionais, que rendeu lixo como o tal Várzea FC (ou algo assim)? A Europa superou isso.
Está rolando uma proposta na União Européia, idéia da França (claro) onde serviços de streaming como Netflix e Amazon terão que produzir conteúdo localmente e que 20% do catálogo seja dessas produções.
Mais ainda: eles devem “garantir o adequado destaque desses produtos”. Sim, além de ter que produzir séries até da Estônia, a Netflix terá que dar destaque. Você procura House of Cards, ele te sugere A Rena Feliz.
Os legisladores como sempre não entendem a internet, tratam a Netflix como emissoras de TV de 50 anos atrás. O conceito de streaming sob demanda é alienígena demais. Um executivo das antigas não consegue assimilar a idéia herética de que a Netflix não programa o que o espectador vai ver, o espectador é que decide o que a Netflix vai passar.
Fonte: The Verge.