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Verizon quer transformar a AOL numa gigante dos ads

A fim de tornar a AOL numa gigante da publicidade, Verizon irá alimentá-la com os dados de seus clientes para melhorar os anúncios da empresa

8 anos atrás

aol

Quando a Verizon adquiriu a America Online muita gente se questionou o que ela pretendia. Praticamente um dinossauro, a empresa hoje justifica sua existência através de empreendimentos que ela adquiriu ao longo dos anos, como os sites tech TechCrunch e Engadget e o portal Huffington Post.

Só que agora suas verdadeiras intenções começam a aparecer: ela quer que o AOL se torne um rival do Facebook e Google na publicidade de internet.

A Verizon já havia dado a entender que pretendia cruzar os dados e tecnologia de ambas as empresas, algo que permitiu às pessoas ligarem os pontos: na posição de operadora de telefonia celular, ela poderia utilizar a infra da AOL como uma forma de veicular ads para seus consumidores, e não deu outra. O CEO Tim Amstrong confirmou que a AOL já está fazendo uso dos dados de navegação dos clientes da Verizon para melhorar seus algoritmos de publicidade, e que um seleto grupo de clientes da America Online (empresas, é bom esclarecer) está experimentando a novidade.

Estes clientes podem acessar os dados da Verizon para descobrir suas preferências, locais em que estiveram e medir suas reações ao receberem algum anúncio. Desta forma  tanto a AOL quanto os anunciantes têm pleno controle de quantas pessoas serão atingidas e como, a fim de reagir e direcionar as campanhas de forma mais eficiente. É uma abordagem interessante principalmente se olharmos para o cenário atual, onde Google e Facebook dividem cerca de 50% do share de ads online.

Só que há problemas nessa estratégia. O FCC chama o ato de rastrear o histórico de navegação de usuários de "supercookies" e já processou a AOL em US$ 1,35 milhão; além de estabelecer novas regras que as companhias devem observar antes de compartilhar seus dados. Por exemplo: ela determinou que não poderá haver coleta sem o consentimento do usuário.

De qualquer forma o projeto é ambicioso: Armstrong espera que até 2020 a receita da empresa dobre, indo de US$ 10 bilhões para US$ 20 bilhões e que o número de usuários aumente de 700 milhões para 2 bilhões. Para alcançar esse objetivo a AOL teria que se colocar novamente entre os principais canais de mídia digital e o executivo já tem uma ou outra forma de alcançar essa meta.

Uma delas seria fazer uma oferta pelo Yahoo!, que como sabemos não anda muito bem. Ok que o AOL não seria o melhor indicado para comprá-lo, mas com a Verizon por trás…

Fonte: The Verge.

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