Carlos Cardoso 7 anos atrás
Esse é o tipo de coisa que nunca aconteceria no Brasil. Ou melhor, a primeira parte com certeza.
Tudo começou quando um preso morreu depois de ser espancado em uma cadeia no condado de Santa Clara em San Jose, Califórnia. Os suspeitos são os policiais mas não há câmeras na cadeia então o caso está embolado em um enorme disse-me-disse.
A xerife Laurie Smith não está nada feliz com isso, pois nem pode identificar a banda podre nem inocentar policiais injustamente acusados. Por causa disso, ela foi mais uma vez atrás de câmeras de segurança. Resultado? Segundo Jeff Draper, um burocrata do condado, há um projeto para instalação de um sistema de vigilância, e ele estaria funcionando em uns 2 anos, a um custo de qualquer coisa entre US$ 12 milhões e US$ 20 milhões.
Laurie não gostou. Classificou o prazo como “ridículo”. Aí ela foi pro Facebook e fez um textão — não, brincadeira — ela pegou seu Amex, correu pra CostCo e comprou um sistema de segurança com 12 câmeras Full HD.
Total da despesa? US$ 761,24. Com direito a 30 dias de armazenamento dos vídeos.
Os burocratas não ficaram impressionados, e a licitação continua. O sistema da xerife funcionará até a instalação do caríssimo sistema que ainda será licitado, claro.
A prova final que encostado é encostado em qualquer lugar do mundo, um tal Julio Alvarez, presidente do sindicato dos agentes penitenciários disse que ele é a favor de câmeras mas diz que a xerife tem que agir de forma colaborativa, que a atitude unilateral dela “prejudica o moral”.
Fonte: Mercury News.