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Netflix vai ficar 20% mais rápida sem perda de qualidade

Novo algoritmo da Netflix passará a tratar cada vídeo individualmente e comprimirá sem perdas os menos complexos; ideia é agilizar o streaming em 20%

8 anos atrás

netflix

A gente sabe que Netflix trabalha para operar da melhor maneira possível, a fim de sempre entregar a melhor experiência possível e não sacrificar as conexões dos usuários e o próprio fluxo da internet como um todo: hoje em dia 70% do tráfego é streaming.

Até hoje a Netflix opera da seguinte forma: ela se adequa à conexão do usuário e entrega o vídeo na qualidade que melhor se enquadra à sua velocidade de banda. Assim, quem tem melhores conexões pode usufruir de filmes e séries em Full HD ou em 4K, já o restante se vira com HD para baixo. Só que a empresa de Reed Hastings desde 2011 vem estudando uma forma de tornar a distribuição de conteúdo mais inteligente, e chegou a uma solução que entrará no ar em 2016, prometendo agilizar o serviço sem perda de qualidade.

Até hoje a Netflix considera todos os vídeos iguais entre si, em termos de dados um episódio de My Little Pony é igual ao filme d'Os Vingadores, a mesma quantidadede bits é distribuída em ambos os casos. Entretanto sabemos que existem diferenças na qualidade de vídeo, cores, planos de fundo (animações são mais estáticas), etc. Filmes sem grandes quantidades de efeitos visuais também entrariam nessa classificação. O que acontece é que um “um formato para todos” não se aplica aqui, a compressão de dados aplicada a vídeos mais complexos para equipará-los a produções mais simples não entrega a melhor experiência. E esses últimos estariam utilizando de uma banda que não precisam.

Portanto, o novo algoritmo que a Netflix introduzirá a partir de 2016 vai tratar cada filme, série, documentário como uma entidade separada. Cada vídeo terá sua própria regra de distribuição e o código vai decidir individualmente quantos dados serão alocados. No exemplo dado, My Little Pony será exibido a 1080p num bitrate de 1,5 Mb/s; simplesmente porque não precisa de mais do que isso. O que isso significa? Que mesmo alguém com uma conexão para lá de ruim poderá consumir alguns conteúdos em maiores qualidades de vídeo, sem nem perceber a compressão de dados.

Isso também irá favorecer as grandes produções. Em testes realizados a Netflix chegou a uma redução de 20% no fluxo de dados em um episódio de Orange is the New Black em 1080p, reduzindo de 5.800 kb/s no código legado para 4.640 kb/s com o novo algoritmo. Colocadas ambas as fontes lado a lado, ninguém percebeu a diferença.

Como a Netflix vai reencodar todo o seu catálogo individualmente para que ele se adeque à nova regra pode ser que testemunhemos algumas decisões exdrúxulas no meio do caminho, mas obviamente o feedback dos usuários será importante nessa nova fase, que não só entregará mais qualidade como também tornará o serviço mais rápido, e consequentemente ajudará a desafogar um pouco o tráfego geral da internet. Todos ganham.

Fonte: Variety.

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