Carlos Cardoso 7 anos atrás
Se você é um país rico pode se dar ao luxo de gastar R$ 400 mil num cubesat que não funciona, já universidades e pequenas empresas americanas, escolas e ONGs não têm tanta verba, mas nem por isso seu acesso ao espaço está negado.
Hardware espacial costuma ser muito caro por ter que resistir a condições extremas de temperatura e radiação. Se você não tiver que se preocupar com isso até um Android pode ser mandado pro espaço, e alguns são. As chances de ser atingido por radiação cósmica em um período curto de tempo são pequenas, vale o risco se sua missão dura apenas alguns dias ou semanas.
Junte a isso o espaço extra que as empresas de lançamento desperdiçavam, e agora podem cobrar e temos um excelente mercado para os cubesats, nanosats e outros sats.
Empresas como a ULA oferecem inclusive lançamentos de graça para cubesats de escolas e universidades, mas se você não tiver essa sorte, pode escolher entre várias alternativas.
Por US$ 35 mil a PocketQube oferece um projeto completo onde você customiza seu mini-cubesat com 5 cm de lado, e o lança, tudo incluído incluindo a burocracia. É possível integrar várias unidades se você precisar de mais espaço para seus experimentos.
Orçamento tá apertado? Por US$ 20 mil seu experimento é lançado em um ThumbSat.
O pacote inclui a plataforma de dados, lançamento, uso da rede de telemetria e um kit básico que além de seu experimento conta com um microcontrolador, 128 MB de RAM, 512 MB de Flash e uma câmera com resolução de 2.048 × 1.536, melhor que 90% de tudo que temos no espaço.
Se o nível de penúria for muito grande, o custo de um TubeSat é só de US$ 8 mil:
Ele é menos sofisticado, você tem que projetar toda a parte de sensores, mas em compensação tem mais flexibilidade e espaço para trabalhar, dado o formato do kit:
Dado o tamanho dá até pra incluir algum sistema de controle de atitude, apontando uma eventual câmera para um alvo específico. Claro que você não vai construir nenhum Hubble, mas imagine a onda de mostrar pros colegas do colégio uma foto de sua casa vista do espaço, que você mesmo tirou. As meninas vão ficar… — tá, ao menos seus professores vão adorar.
Fonte: Singularity Hub.