Carlos Cardoso 7 anos e meio atrás
A internet sempre foi uma coisa meio esquizofrênica. As pessoas trocam e-mails e zapzaps com os vídeos mais escabrosos, o histórico de buscas até do Papa é assustador, mas publicamente pagam de moralistas, dizem pensar mais nas criancinhas do que os subalternos do supracitado Pontífice.
O resultado é que a internet que tem a mais extrema pornografia a alguns cliques de distância no Google é a mesma onde grupos de sobreviventes de câncer são banidos por fotos de cicatrizes de mastectomia, obras de arte com nus clássicos são apagadas e a dona da foto acima foi banida por ter cotovelos.
Soldados sendo degolados, tudo bem.
Dentre todas as redes sociais o Instagram é a mais radical, nem famosos estão a salvo do machado da censura da moral e dos bons constumes. A Rihanna foi banida, a Miley Cyrus toda hora tem fotos apagadas.
Agora o motivo foi esclarecido. Durante um evento em Londres Kevin Systrom, CEO do Instagram explicou que a política de banir qualquer tipo de nudez, mantendo o Instagram PG-13 é para se adequar aos padrões da Apple.
Não é a primeira vez, a Playboy já soltou um app sem fotos de moças edificantes, apps de sites de fotos penaram com a Apple por dar acesso a conteúdo mais adulto. Sim, o mesmo que você acessa… do Safari.
Para evitar que o Instagram seja banido, preferiram ser radicais na censura.
Não é uma conspiração da TFP, não é “gente careta moralista”. Foi uma decisão comercial, que se não fosse tomada poderia ter inviabilizado o Instagram em sua infância. É legal? Não, é moralismo da Apple, mas antes que alguém diga que isso explica mas não justifica, lembro que o Instagram foi vendido por US$ 1 bilhão. Há muitas poucas coisas que essa grana não justifique.
Fonte: Business Insider.